Por Adriana de Araújo
As pessoas enxergam a raiva como um problema, um sentimento negativo que deve ser eliminado a qualquer custo. E, de fato, é isso mesmo. A raiva não é saudável. Nesse artigo tomei cuidado de separar emoção raiva e expressão da raiva. Há um oceano enorme que divide esses pontos. Vamos entender juntos um pouco mais sobre a raiva?
O sentimento de raiva faz parte das emoções básicas do ser humano. E, realmente, é algo comum nas experiências das pessoas em geral. Alguns temas comuns são gatilhos desse tipo de emoção:
Outras pessoas sentem o mesmo sentimento de raiva quando o time perde, quando alguém pensa diferente delas, quando não são aceitas nas próprias ideias, o personagem central e preferido de um série sai da sua linha de interesse e conduta, e assim vai. O ponto aqui é a quebra de coerência com seus próprios valores.
A raiva é mesmo algo complicado. De fato, é um modo pouco equilibrado de manifestar as emoções. Uma pessoa mais madura é aquela que sabe digerir os sentimentos antes de expor o que pensa ou sente. Entende-se que é uma emoção com poder destrutivo de si e das pessoas a volta. Ainda que se pense que é um modo de “luta”, de “justiça”, de “poder” existem muitas outras boas maneiras de resolução para um problema existente.
Quem sofre com a raiva, padece do desequilíbrio. Costuma mostrar rompantes de descontrole, impulsividade e modo agressivo (fala e ação) por causa do sentimento de raiva. Como se o agir fosse adequado pela emoção. Nossas atitudes devem ser escolhidas com ponderação de consequências. Não é porque sentimos que devemos agir. Isso também serve com relação a dizer tudo que se pensa. O ideal é ser sincero, mas jamais brutalmente sincero. Esse ato de sinceridade extrema é praticamente um ato agressivo, raivoso.
Mas, afinal, é possível encontrar algo bom na raiva? A energia que é a base desse sentimento, quando bem “canalizada”, redirecionada, usada através de um novo modo de agir, escolhendo formas mais adequadas de expressão, pode ser positiva e transformadora, gerando uma entrega de resultados positivos e prósperos. A força da mudança pode determinar um rumo específico para ações únicas com resultados surpreendentes.
Saiba mais: Como evitar acessos de raiva
A melhor maneira de usar a energia que move a raiva de modo saudável é ser capaz de aprender que as emoções podem ser sentidas, ainda que ruins, mas isso jamais justifica extravasar, deixar vazar e sair da porta para fora. Cometer atos insanos, desequilibrados ou mesmo vergonhosos como opção de ação por conta da raiva não é o melhor modo de viver a vida. Ainda que para alguns seja muito difícil sair da mente mais mimada, sem limites ou infantil é necessário o crescer e se adaptar às regras sociais.
Para que o amadurecimento seja mais leve, sessões de psicoterapia podem ser indicadas com técnicas do novo código da Programação Neurolinguística, Hipnose Ericksoniana, Dessensibilização e Reprocessamento por Movimentos Oculares (EMDR), coaching de vida e terapia breve. Durante o processo é possível identificar padrões familiar, rigidez de conduta, equívocos mentais, distorções cognitivas, traumas e outras questões que podem estar dificultando o auto-controle e a melhor gestão das emoções.
Imagem de capa: Por Photographee.eu na Shutterstock
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