As pessoas diferem em valores, desejos, necessidades, percepções. Em alguns momentos, entram em choque. Porém, diferenças e discordâncias nem sempre são sinônimos de incompatibilidade. O conflito ocorre quando as duas partes acham que suas necessidades não podem ser satisfeitas simultaneamente.
O que define o conflito como destrutivo ou construtivo é a nossa maneira de lidar com ele. O conflito pode resultar em brigas crônicas e em escalada da violência; por outro lado, pode ser terra fértil para criar boas soluções. Como desenvolver habilidades para transformar conflitos destrutivos em caminhos construtivos para harmonizar diferenças e criar soluções satisfatórias para todos?
Há pessoas, famílias, grupos e organizações que escolhem fugir do problema; ou preferem fazer concessões na esperança de que os problemas desapareçam; ou recorrem à opressão e ao abuso do poder. Outras pessoas preferem os meios não-violentos de resolver conflitos: constroem consensos, harmonizam as diferenças e negociam acordos satisfatórios para todos.
Para isso, é preciso ter habilidade para separar as pessoas do problema. Em outras palavras, aprender a atacar o problema sem atacar as pessoas. Quando as pessoas gastam energia se atacando, a briga torna-se interminável e o problema que elas querem resolver permanece sem solução.
A solução de conflitos depende, em grande parte, da clareza e da eficácia da comunicação. O recurso fundamental é saber escutar com sensibilidade e atenção. Transmitimos à outra parte que entendemos seus pontos de vista e, com isso, construímos confiança e uma relação de respeito mútuo, apesar das discordâncias.
A habilidade de fazer perguntas também é fundamental, para mapear o território do conflito, ir mais a fundo na compreensão da visão que cada um tem do problema, compreender os sentimentos envolvidos e possibilitar sua transformação.
Conflito é bom quando nós
Buscamos a solução
Que mais possa combinar
As diferenças entre nós.
Imagem de capa: Shutterstock/Roman Samborskyi