Diversas pesquisas apontam que as taxas de depressão podem ser três vezes maiores em pacientes diagnosticados com diabetes tipo 1 e duas vezes mais comuns em pessoas com diabetes tipo 2 em comparação com a população geral em todo o mundo. A ansiedade aparece em 40% dos pacientes com diabetes tipo 1 ou 2 e ter depressão e ansiedade piora o prognóstico do diabetes, diminui a adesão ao tratamento médico, reduz a qualidade de vida e pode aumentar a mortalidade. Em contrapartida, a depressão pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em 60%. Assim, parece que existe uma associação bidirecional entre essas duas condições.
Fatores ambientais podem ser os responsáveis por essa associação. Falta de sono, má qualidade da dieta, falta de exercícios físicos são comuns tanto em pessoas com diabetes do tipo 2 quanto naqueles com depressão. Levando em consideração esses fatores, uma via biológica candidata para explicar isso seria uma perturbação do sistema de estresse.
O estresse crônico aumenta a produção do cortisol que atrapalha a ação da insulina e promove um aumento daquela gordura mais perigosa- a gordura abdominal. Por outro lado, essa resposta hormonal acaba também ativando vias inflamatórias que atrapalham a produção de neurotransmissores cerebrais contribuindo para o desenvolvimento de ansiedade e depressão.
Além disso, pessoas com diabetes, particularmente aquelas com o tipo 1, precisam monitorar a glicemia com frequência, utilizar múltiplas doses de insulina, além de iniciar a doença muitas vezes na infância ou adolescência, o que traz uma carga emocional grande, favorecendo índices maiores de depressão.
O grande problema disso tudo é que ter depressão está associada a um maior risco de complicações do diabetes como a retinopatia, nefropatia e mesmo as complicações cardíacas, com aumento dos índices de infarto e derrame.
Assim , quem sofre com diabetes deve ser avaliado durante o acompanhamento para potenciais sintomas de depressão. As pesquisas indicam que quadros de depressão são subdiagnosticados e subtratados em pessoas com diabetes. Fique atento para alguns sintomas:
– Pouco interesse ou pouco prazer em fazer as coisas;
– Se sentir “para baixo”, sem perspectiva;
– Dificuldade para pegar no sono ou permanecer dormindo, ou dormir mais do que de costume;
– Se sentir cansado/a ou com pouca energia;
– Falta de apetite ou comendo demais;
– Se sentir mal consigo mesmo Dificuldade para se concentrar nas coisas, como ler o jornal ou ver televisão;
– Lentidão para se movimentar ou falar, a ponto das outras pessoas perceberem. Ou o oposto – estar tão agitado/a ou irrequieto muito mais do que de costume;
Se você é diabético e perceber esses sintomas, converse com o seu médico!
***
Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Blog da Cintia Cercato.
Foto destacada: iStock.
Esta série que acumula mais de 30 indicações em premiações como Emmy e Globo de…
Vencedor do Grande Prêmio na Semana da Crítica do Festival de Cannes 2024 e um…
É impossível resistir aos encantos dessa série quentíssima que não pára de atrair novos espectadores…
A influenciadora digital Beandri Booysen, conhecida por sua coragem e dedicação à conscientização sobre a…
"Ela ficou apavorada e disse que a dor de ser acusada injustamente é algo inimaginável",…
Será que você é capaz de montar o complexo quebra-cabeça psicológico deste filme?