Crescem mais a cada os casos de depressão entre crianças e adolescentes. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os índices passaram de 4,5% para 8% na última década.
Para a psicóloga Danielle Azevedo, do Hapvida em João Pessoa, toda criança precisa ser criança. “Quem brinca, cresce.”
“Isso inclui brincar, ter a fase lúdica, as descobertas, os porquês, tudo isso faz parte do desenvolvimento do indivíduo”, afirma.
A especialista explica ainda que uma criança que não tem rotina, que convive dentro de uma esfera doente em que pais não estabelecem regras, não impõem limites, não transferem um sentimento de afetividade podem atrapalhar a construção do indivíduo.
“Essas e tantas outras variáveis podem contribuir para que a criança se torne medrosa, insegura e venha a se isolar. E o que a criança pode vir a desenvolver vai depender de como o meio a influencia”, ressalta Danielle.
Segundo a psicóloga e psicanalista Cássia Rodrigues, um dos grandes desafios é diagnosticar o transtorno, já que as crianças têm dificuldade de expressar seus sentimentos. “Os pais têm o hábito de enxergar as crianças como pequenos adultos. É preciso entender que o comportamento delas não segue a mesma lógica que o nosso”, explicou.
O início do transtorno pode ser notado a partir do surgimento de alguns sintomas, aos quaise os pais precisam estar atentos. “Quando a criança começa a se retrair, os pais devem ficar mais alertas. As mudanças de comportamento repentinas são um sinal, como irritabilidade, tristeza constante, dificuldade de ficar longe dos pais, fobias e cansaço excessivo”, acrescentou.
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Destaques Psicologias do Brasil, com Paraíba Online.
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