A depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No brasil, a estimativa é que 5,8% da população seja afetada pela doença.
Um estudo realizado por pesquisadores do Weill Cornell Medical College, nos Estados Unidos, identificou que a depressão pode ser categorizada em quatro subtipos diferentes, cada um definido por diferentes padrões de conectividade cerebral anormal.
A análise foi feita através de exames de ressonância magnética em mais de mil pacientes com depressão, comparando-os com indivíduos saudáveis. Desta forma foi possível identificar biomarcadores específicos que ajudam no diagnóstico e tratamento da doença.
Além disso, os biomarcadores beneficiam uma nova terapia chamada estimulação magnética transcraniana, um tratamento não invasivo que usa ondas eletromagnéticas para estimular determinadas áreas cerebrais.
O estudo constatou que esses subtipos estavam ligados a sintomas específicos. De acordo com os resultados, a redução na conectividade na parte do cérebro que regula o comportamento relacionado ao medo e a reapreciação de estímulos emocionalmente negativos é mais grave nos subtipos 1 e 4, sendo que também apresentam uma ansiedade aumentada.
Os pesquisadores têm como objetivo realizar outras pesquisas sobre os biomarcadores antes de serem capazes de usá-los no diagnóstico clínico. A características dos subtipos foram divulgadas no artigo científico completo publicado na revista Nature:
Subgrupo 1
Esse conjunto é caracterizado pela ansiedade, insônia e fadiga.
Subgrupo 2
Esse conjunto é caracterizado pela exaustão e diminuição da energia.
Subgrupo 3
Esse conjunto é caracterizado pela inabilidade em sentir prazer e letargia dos movimentos e fala.
Subgrupo 4
Esse conjunto é caracterizado ansiedade, insônia e inabilidade em sentir prazer.
Imagem de capa: Shutterstock/Africa Studio
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