Dona Dalvina Borges, 77 anos, trabalhou como empregada doméstica por muitos anos e economizou o máximo que pôde para realizar o sonho da casa própria. Finalmente, na década de 1980, ela conseguiu comprar uma casa.
A casa passou 25 anos sem receber reparos porque Dona Dalvina não tinha recursos financeiros suficientes para isso, e infelizmente acabou desmoronando em 2013 durante um dilúvio em São Paulo. Por sorte, Dona Dalvina não estava no quarto quando parte do teto desabou sobre sua cama. Foi a partir deste incidente que a diarista e seu filho perceberam a urgente necessidade de uma reforma.
Dona Dalvina juntou cerca de R$ 150 mil ao longo de sua vida de trabalho árduo, e este foi o limite que ela definiu para gastar na reforma. O escritório de arquitetura Terra e Tuma aceitou o desafio de reformar o espaço de 95 metros quadrados sem ultrapassar esse limite, para não endividá-la.
O maior desafio dos arquitetos era otimizar o espaço com um orçamento tão restrito, mas foi justamente isso que fez com que a casa recebesse o prêmio internacional “Building of the Year 2016” (construção do ano de 2016), do ArchDaily.
A nova residência de Dona Dalvina foi demolida, pois a estrutura estava comprometida, e todos os cômodos foram colocados no térreo, com exceção do quarto de hóspedes e da horta, que foram colocados no segundo andar. Uma grande janela foi instalada entre a cozinha e a área de serviço para iluminar o espaço.
Os arquitetos responsáveis pelo projeto acreditam na democratização da arquitetura, mostrando que, com criatividade e conhecimento, uma reforma pode custar muito menos do que se imagina.
***
Destaques Psicologias do Brasil, com informações do Mistérios do Mundo.
Fotos: Reprodução.