Você conhece pessoas que tem dificuldade para expressar emoções? Pessoas que se mostram menos intensas e mais controladas, ou seja, que vivem contendo emoções?
Geralmente essas pessoas retêm emoções de carinho e cuidado e, além disso, costumam conter suas necessidades. Acreditam que se liberarem por completo as próprias emoções podem perder o controle, sendo assim, valorizam o autocontrole mais do que a intimidade. Isso, muitas vezes, se deve ao fato de que eles receiam passar vergonha, serem humilhados ou causar alguma outra consequência negativa. Algumas dessas pessoas acabam estendendo o controle exagerado a outras pessoas próximas, tentando ensiná-los a conter emoções, principalmente as mais intensas.
É claro que todos nós aprendemos a conter algumas emoções e impulsos para respeitar os direitos de outras pessoas, porém, as pessoas com inibição emocional retêm emoções quando seria mais saudável expressá-las. Desta forma, de tanto autocontrole das emoções, esquecem ou não conseguem ser naturais e lúdicos.
No consultório, geralmente as pessoas com inibição emocional relatam que o supercontrole está mais relacionado a sentimentos positivos, tais como alegria, amor, afeto e excitação sexual. Além disso, apresentam dificuldade em expressar vulnerabilidade ou de comunicar integralmente os próprios sentimentos e dão muita ênfase na racionalidade.
Os pacientes com o esquema de inibição emocional com frequência preenchem os critérios diagnósticos para o transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva. Nesses casos, além de serem muito contidos emocionalmente, tendem a ser preocupados demais com decoro, às custas da intimidade e da diversão, bem como rígidos e inflexíveis, em vez de espontâneos. Aqueles com esquema de inibição emocional e padrões inflexíveis têm maior probabilidade de preencher os critérios diagnósticos do transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva porque os dois esquemas juntos incluem a maioria dos critérios.
A origem dos esquemas está na história de vida de cada pessoa. Nos casos de inibição emocional, muitos pacientes, durante a infância, conviveram com cuidadores pouco afetivos e que reforçavam com frequência a ideia de que é bonito manter os sentimentos guardados, ser menos expressivos, ao passo que seria muito feio demonstrar sentimentos, falar sobre eles ou agir espontaneamente a partir deles.
As pessoas inibidas emocionalmente geralmente se mostram controladas, tristes e reservadas. Além disso, como retêm sentimentos de raiva pelo fato de não conseguir resolver os conflitos abertamente, tendem a guardar ressentimentos.
Como um tratamento psicológico adequado pode ajudar?
Com o tratamento os pacientes se tornam mais expressivos e espontâneos emocionalmente. Conseguem discutir adequadamente e expressar muitas das emoções que suprimiam. Aprendem a demonstrar raiva de formas apropriadas, realizar mais atividades por prazer, expressar afeto e falar de seus sentimentos. Aprendem a valorizar as emoções tanto quanto a racionalidade e a parar de controlar as pessoas ao seu redor. Permitem a si e aos outros ser mais expressivos emocionalmente.
Imagem de capa: Shutterstock/Rawpixel.com
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Referência:
Young J. E., Klosko J. S., Weishaar, M. E. (2008) Terapia do esquema: guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed.
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