Normalmente as pessoas que mais se sentem frustradas e sofrem de baixa estima são aquelas que se encontram em uma situação muito diferente do que aquela que supostamente deveriam estar.
Por exemplo: estão fora de forma e almejam um corpo de atleta, tem um cargo júnior ou de médio escalão quando acreditam que mereceriam ou deveriam ocupar a diretoria. Possuem um pequeno negócio enquanto pensa que lhe caberia fundar uma grande empresa. Estão terminando a faculdade e se comparam com quem faz doutorado. Desprezam o prato de massa que acabou de fazer pois deveriam estar cozinhando como chef. São solteiras ou separadas e se julgam inferiores por não ser uma linda mamãe de família Doriana, ou um papai macho alfa provedor.
Enquanto isso sentem-se espectadores, coadjuvantes na própria vida somente observando o sucesso alheio na rede social.
Mas Gisele, qual o problema de desejar mais? De ter ambição? Ou você acha que devo me contentar em viver na mediocridade?
Não! Ao contrário! Acredito que uma vida com propósito consiste em descobrir e utilizar ao máximo nossos potenciais. Acredito também que uma vida medíocre gera sentimento de vazio, depressão, frustração e baixa estima. Então, como virar esse jogo?
Primeiramente te convido a refletir profundamente a respeito das suas exigências em relação a você. Separar o que é um padrão da sociedade, e o que é realmente genuíno seu. Bem, realmente não é fácil. Este é um exercício de autoconhecimento. E, pode ser que você perceba que não consegue separar uma coisa da outra. Mas isto é normal! Só mostra o quanto somos influenciados pela mídia, pelos padrões, pelos pré conceitos, desde a mais tenra idade, ou mesmo desde antes de sermos concebidos. Isso ocorre por meio das expectativas dos nossos pais e familiares. Pode ser que você chegue à conclusão que suas aspirações vão ao encontro daquilo que é esperado socialmente. E tudo bem também!
Uma vez que você consegue adquirir este discernimento ou sabe o que deseja, aprenda a lançar mão de um verdadeiro antídoto para o sentimento de frustração que vem da sensação de estar tão distante de onde gostaria ou acredita que lhe caberia. DAR VALOR ÀS SUAS CONQUISTAS, por mais que aparentem de pouca importância.
Atenção: é bem diferente do que se contentar com pouco. Exemplo: se você agiu em direção ao seu objetivo, isso é digno de ser valorizado por você, não espere isso do outro! Os outros estão muito ocupados para aplaudir tudo o que você faz, para te incentivar. Este papel deve ser desempenhado por você. Se você deseja mais saúde e um corpo em forma, não se desvalorize por estar dez quilos acima do peso.
Estipule uma meta, um prazo e um planejamento. E, valorize cada ato que você realizar para atingir sua meta. Reconheça cada caminhada, cada vez que resistiu às tentações, cada refeição leve que você fez. Se você acredita que está indo mal profissionalmente, valorize tudo o que fizer em função de ascender na carreira. As lições de casa do curso de idiomas, o trabalho da faculdade ou da pós graduação sem copiar e colar dos mecanismos de busca. Se tem problemas com organização, perde coisas, não consegue cumprir com os compromissos e sua casa é uma bagunça. Siga o mesmo princípio: estipule uma meta, crie um plano e comemore cada cômodo, cada gaveta ou pasta que você conseguiu organizar. Lembre-se: não dá para atingir todos os objetivos de uma vez só. E, valorizar as pequenas conquistas te dá a motivação necessária para continuar.
Talvez esta ideia lhe pareça muito óbvia. Mas o que acontece na pratica é que as pessoas que costumam se sentir frustradas, são auto exigentes e desvalorizam suas pequenas ações do dia a dia, de modo que, nunca conseguem se sentir motivadas pois “deveriam” estar em um patamar mais alto. E com este pensamento acabam se sentindo paralisadas. E lembre-se, é fundamental fazer a roda girar, não parar, mas sem pegar pesado com você. Se a cada dia você conseguir dar um passo ou realizar uma ação em direção ao seu objetivo, e ser capaz de reconhecer isso acredite que estará no caminho certo.
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