“Na vida tudo tem seu preço seu valor
E eu só quero dessa vida é ser feliz”
(Fábio Junior)
Como funciona uma lâmpada fluorescente? Quantos de nós já tiveram o interesse em buscar a resposta a esse questionamento? Imagino que muitos dirão que isso não interessa e que saber a resposta em nada modificará suas vidas, afinal estamos interessados em conhecimentos que possam ser transformados em vantagens e preferencialmente que essas sejam financeiras.
Vivemos em uma sociedade em que os valores, muitas vezes, são estabelecidos pelas vantagens, pela influência, pela dominação e pelo dinheiro. Somos medidos e valorizados pelo cargo que ocupamos, pelo poder aquisitivo que possuímos e mais ainda, pela nossa aparência externa.
No entanto, sempre existiram homens e mulheres que questionaram esses valores e decidiram vivenciar outro foco, o de descobrir como modificar o mundo à sua volta, como melhorar a qualidade de vida, o conforto e assim contribuir com a melhoria da sociedade inventando novas tecnologias e descobrindo novas maneiras de fazer. Talvez nós, que vivemos em uma cidade relativamente pequena, não estejamos interessados nas grandes descobertas, contudo não podemos negar que possuímos curiosidades.
Imagine o que aconteceria com o mundo à nossa volta se todos tivéssemos o objetivo de praticar melhor nossas atividades, se todos nós diariamente buscássemos melhorar um pouco mais nossas habilidades e desenvolver novas maneiras para realizar com maestria aquilo que já fazemos bem, ou mesmo aquilo que não fazemos tão bem. Qual seria o resultado?
Ultimamente observa-se que muitas pessoas estão anestesiadas e insensíveis ao mundo à sua volta. Vivem como vivem as plantas: nascem, crescem, algumas reproduzem, envelhecem e morrem. Chegou-se a tal ponto de desinteresse, que para uma boa parte da sociedade, as frases mais comuns, mesmo que não verbalizadas, são: “e eu com isso?” ou “isso não é problema meu!” ou ainda “pagando bem que mal tem?”. Todas representando a total falta de compromisso com a melhoria da qualidade de vida e ao mesmo tempo demonstrando nossa passividade e acomodação.
Outro dia, ouvi alguém dizer: “agora eu vou ser que nem funcionário público”, referindo-se a um pensamento muito comum de que funcionário público não tem compromisso com nada e que não está nem aí para eficiência e competência. O que não é verdade. Sabe-se que existem pessoas compromissadas e descompromissadas em qualquer área de atuação profissional.
Onde anda nossa curiosidade? Nossa vontade de ser feliz?
Temos a nítida impressão de que muitos desenvolveram um mecanismo para se defender e justificar sua inoperância e acomodação falando mal das outras pessoas à sua volta e culpando os outros pelas suas insatisfações e tristezas. É claro que reconhecemos a existência dos injustos e das injustiças. E mesmo percebendo que não podemos resolver todos os problemas do mundo, devemos manter nossa motivação para realizar mais e transformar o que está ao nosso alcance.
Por exemplo, aqueles que trabalham, poderiam realizar suas atividades com mais dedicação e sempre se questionarem sobre como realizar suas tarefas, além de tentar melhorar a cada dia e possuir a consciência de que pode atingir patamares mais elevados em tudo o que faz.
Infelizmente há muita gente se justificando, dizendo que não faz porque não adianta, afirmam que não tem jeito, e sempre acusam alguém pelos males e problemas do mundo, esquecendo-se que se cada um fizesse um pouco mais todos seriam beneficiados. E a propósito, se você não tem curiosidade em saber como funciona uma fluorescente pelo menos pode saber onde está o interruptor para ligá-la.
Pense nisso.
Pense agora.
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