Em tempos difíceis, tudo de que alguém precisa é do apoio da família. Quem sabe bem disso é Fernando, um jovem que se dedicou a cuidar da avó desde que ela foi diagnosticada com Alzheimer. Ele chegou a estacionar vários planos pessoais para poder estar com ela em tempo integral.
Fernando é o exemplo claro de solidariedade com os entes queridos. Desde que a saúde de Dona Nilva Aguzzoli começou a se deteriorar, seu neto sabia que ele deveria agir, por isso abandonou os estudos universitários e o trabalho para cuidar de sua avó.
Fernando tomou essa decisão quando se sentiu frustrado por não poder ajudar a avó na cura por se tratar de uma doença neurodegenerativa. Pesquisando sobre a doença, ele aprendeu que quem sofre dela tende a desenvolver outras patologias psicológicas, por isso se sentiu ainda mais motivado a apoiar a avó.
Foi um processo difícil para ele também, porque às vezes sua avó nem o reconhecia. Essa experiência o levou a escrever um livro intitulado “O Alzheimer não é o fim”, a fim de orientar outras pessoas em situação parecida com a quele ele e sua família viveram.
“Foi a cura de erros que eu chamo de benevolentes. A gente tem a intenção de acertar, mas encontra uma barreira gigantesca, que são as emoções e a reserva de afeto”, desabafa.
Em seu livro, Fernando também apresenta uma série de estratégias para os familiares de pacientes com essa patologia. O relato de sua própria experiência é motivado pelo fato de não ter tido um guia quando decidiu se dedicar aos cuidados da avó.
Infelizmente, dona Nilva faleceu antes que o livro fosse concluído. “Começamos a escrever o livro juntos. Eu não iria mais publicar o livro. Eu não tinha mais intenção (…). Não tem o Fernando, tem o Fernando e a avó Nilva. Somos um time”, disse ele.
Porém um amigo médico o fez mudar de ideia ao insistir que o livro faria uma homenagem à sua querida avó, além de servir de ajuda a muitas outras pessoas.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de UPSOCL e Razões para Acreditar.
Fotos: Razões Para Acreditar.