SOCIEDADE

Ele passou 19 anos preso por um crime que não cometeu e agora conseguiu provar sua inocência

ALERTA DE GATILHO!!!

*Conteúdo não recomendável para pessoas vítimas de violência.

A discriminação contra a população afrodescendente nos Estados Unidos e no mundo é um fenômeno que data de muitos anos e ainda está em vigor. As manifestações de longa data que se originaram de abusos perpetrados contra afro-americanos nos falam muito sobre estigmatização e racismo.

AP

Embora tardiamente, Termaine Joseph Hicks é hoje um homem livre depois de ter passado 19 anos na prisão mesmo não tendo cometido crime algum. Tudo porque os policiais que o detiveram alegaram falsamente que ele havia abusado de uma mulher e atirado nela. Até os advogados dele garantiram que os policiais até colocaram nele uma arma que era propriedade de outro policial para incriminá-lo.

“Sinto-me 50 quilos mais leve (…) É lamentável e triste ter demorado tanto a limpar o meu nome. Digo o mesmo desde o primeiro dia (…) As coisas que se prometem aos cidadãos devem ser cumpridas: um julgamento justo e um olhar justo sobre o que é apresentado”, disse Termaine Joseph Hicks ao Daily Mail.

Getty Images.

No dia 27 de novembro de 2001, Termaine Joseph estava perto do Hospital St. Agnes, no sul da Filadélfia. Foi nessa hora e neste local que ouviu um grito de mulher. Ela estava caminhando em direção ao seu turno em uma lanchonete, quando um sujeito a interpelou e a arrastou para um beco, onde a violentou.

Termaine, que na época trabalhava como assistente de gerente de um estabelecimento comercial, imediatamente correu até ela para salvá-la. Surpreendido pelas luzes de um caminhão próximo, o agressor se assustou e fugiu.

Google.

O problema para Termaine veio mais tarde, quando os policiais Marvin Vinson e Dennis Zungolo chegaram e supuseram que fosse ele o agressor. Eles atiraram em Termaine, argumentando que o fizeram em legítima defesa, já que, segundo eles, o cidadão afro-americano havia aberto fogo contra eles. Em decorrência disso e do depoimento contra os dois policiais (que ainda estão em serviço), Termaine Joseph Hicks foi considerado culpado de estupro, agressão agravada, posse de instrumento criminoso e ameaças terroristas, pelos quais foi condenado a 25 anos em prisão. Uma pena privativa de liberdade concedida mesmo que, durante o julgamento, a vítima não tenha conseguido identificar Termaine como seu agressor.

AP.

Termaine nunca deixou de se declarar inocente. Mesmo tendo direito à liberdade condicional em 2015, foi negado por não querer admitir sua suposta culpa. E ele sempre esteve certo. Desde esta semana, seu caso foi revisto, resultando em sua condenação anulada pela Unidade de Integridade de Convicções do Gabinete do Procurador do Distrito de Filadélfia. A chefe desta unidade, Patricia Cummings, argumentou que o “falso testemunho” dos policiais foi o motivo de sua errônea sentença de prisão0.

Ela percebeu o erro quando viu que a história da polícia não correspondia aos ferimentos de Hicks (ele levou um tiro nas costas). Termaine Joseph Hicks foi libertado na quarta-feira e ainda não se sabe se planeja processar a polícia.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de UPSOCL.
Foto destacada: AP.

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