O protagonista dessa história é Ayrton Araujo, um menino de 13 anos de Gualeguaychú, cidade localizada na província de Entre Ríos, no nordeste da Argentina, que em sua tenra idade, além de cursar o terceiro ano da escola ENOVA e se dedicar à prática de boxe, também estudou e se formou na Mayero-Cabeleireiro Academy para realizar um de seus sonhos.
Para alcançar esse mérito na sua idade, Ayrton contou com o apoio incondicional de Sergio Araujo, seu pai e a tutela de Hugo que se tornou seu mentor no mundo da barbearia. Em entrevista à mídia argentina El Once, o menino contou sobre sua trajetória: “Comecei a cortar o cabelo de todos os meus irmãos, com uma máquina que se você ver agora não dá para acreditar. E um dia o meu pai me deu uma máquina vermelha, que é a que eu uso agora, que ele comprou com o Hugo, e perguntou se eu queria estudar para ser cabeleireiro. Comecei assistindo a vídeos, como todo mundo faz, e disse que sim. Não sabia que podia estudar sendo menor, para ter uma licenciatura assim”.
Assim, com vontade de aprender, Ayrton iniciou as aulas. Para ajudar nas despesas com o material de que o menino precisava para os estudos, o pai de Ayrton usou parte das suas economias, enquanto o menino se encarregava de coletar cobre e papelão para vender e levantar algum dinheiro.
Na entrevista ao El Once, Hugo, o mentor do menino, mencionou como eles começaram a amizade: “O pai disse que queria que ele se ocupasse porque a pandemia havia começado e ele não podia ir à escola. Poucos dias depois, ele voltou e comprou outra máquina para ele e então sugeri que ele o trouxesse para estudar na academia. O esforço e o sacrifício de Ayrton são admiráveis, ele tem um atendimento perfeito o que é marcante na sua idade, ele perguntou de tudo e queria saber de tudo e assim cresceu e superou desafios. Ele imediatamente ganhou muita confiança”.
Além disso, Hugo mencionou que Ayrton foi o aluno mais jovem que eles tiveram na academia, mas “graças a ele, hoje temos alguns meninos da sua idade que ingressaram na academia.” Hugo comentou que tem grandes expectativas em relação a Ayrton como cabeleireiro profissional “Vejo muito futuro para ele. Ele recebeu uma média muito boa apesar de sua tenra idade. Eu o considero mais um colega. É uma profissão muito digna, o que quero transmitir-vos é que com um pente e uma tesoura na mão, nunca errarás”.
Por fim, Ayrton disse com entusiasmo que Sergio é seu herói: “Meu pai sempre me disse, e a todos os seus filhos, que o que eu tenho que fazer na vida é estudar, então ele me aconselhou a ser cabeleireiro porque é um trabalho diurno.”
Dessa forma, o menino aspira continuar desenvolvendo seu talento nas horas vagas para ajudar em casa, ao mesmo tempo em que segue seus estudos na escola. “Meu pai foi operado e está muito cansado. Ele trabalha o dia todo para nos sustentar. Por isso o meu maior sonho é dar ao meu pai a loja de ferragens que ele sempre quis”.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Nation.
Fotos: Reprodução.
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