A Lei nº 13.935/2019, que garante atendimento por profissionais de psicologia aos alunos dos ensinos públicos fundamental e médio, já começa a aquecer o mercado de trabalho dos psicólogos.
A atuação dos psicólogos nas escolas visa buscar a melhoria do processo de aprendizagem e das relações entre alunos, professores e a comunidade escolar. Ao mesmo tempo, o texto também estabelece a possibilidade de atendimentos em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS). Os estabelecimentos terão prazo inicial de um ano para inserir os profissionais.
De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (CFP), o Brasil tem atualmente 358.877 psicólogos, dos quais 105.770 são do estado de São Paulo, 42.840 no Rio de Janeiro e 38.582 profissionais em Minas Gerais.
“É fundamental ainda a presença destas (es) profissionais na perspectiva de criar estratégias de intervenção frente a impasses e dificuldades escolares que se apresentam a partir de situações de violência, uso abusivo de drogas, gravidez na adolescência, assim como situações de risco, reflexos da questão social que perpassam o cotidiano escolar”, salienta o CFP.
O Conselho também ressalta que “psicólogas (os) e Assistentes Sociais podem contribuir ainda com a identificação de demandas presentes na escola, que pela complexidade do contexto escolar muitas vezes requerem da(o) profissional de psicologia e serviço social e demais profissionais a formulação de respostas para o enfrentamento de situações, tais como evasão escolar, baixo rendimento escolar, sexualidade, violência doméstica, disparidades de gênero, etnia, geração e desigual distribuição territorial”.
Em paralelo, os psicólogos estão abrindo caminho no mercado nacional, atuando em outras frentes, inclusive optando por ter um consultório próprio.
Além do psicólogo escolar, o profissional pode se dedicar a outras áreas igualmente importantes para a sociedade, como psicologia hospitalar, que se atua em hospitais e instituições semelhantes, direcionando atenção a pacientes, familiares ou responsáveis pelo paciente. Também pode trabalhar na área administrativa do hospital, buscando promover ações para o bem-estar de todos no local.
O psicólogo social, por sua vez, objetiva desenvolver atividades em diferentes espaços institucionais e comunitários. Atua propondo políticas públicas e ações que abarcam a comunidade em geral e os movimentos sociais relacionados à raça, gênero e sexualidade, religião e classes sociais, entre outros grupos.
Já o psicólogo clínico trabalha na área da saúde, realizando intervenções que buscam entender as questões de desenvolvimento humano e diminuir o sofrimento das pessoas, levando em consideração a complexidade do ser humano e sua subjetividade. O foco pode ser no diagnóstico, na prevenção e no tratamento.
Há ainda o psicólogo do esporte, que pode tanto atuar no esporte de alto rendimento quanto junto a adultos e crianças participantes de atividades físicas.
Formação
Com quatro anos (licenciatura) ou cinco anos (bacharelado) de duração, o curso de psicologia requer muita leitura e leva o estudante a entender conceitos e a estudar disciplinas básicas como anatomia e neuroanatomia humana, filosofia e sociologia, história da psicologia e antropologia, além de matérias como psicologia social, psicologia do desenvolvimento humana, avaliação psicológica comportamento humano.
Só após construir uma base é que o estudante vai se aprofundar em disciplinas mais complexas, incluindo a prática profissional, por exemplo, com aulas de psicopatologia. Durante o curso, os estudantes devem participar de estágios, em que realizará atividades supervisionadas por um psicólogo ou por médicos, dependendo do caso.
Têm se destacado entre os profissionais, três áreas de atuação. A primeira delas é a psicologia jurídica, em que se atua no âmbito da Justiça, colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos e prevenção da violência. Também avalia as condições psicológicas de crianças, adolescentes e adultos em conexão com processos jurídicos.
A segunda é a neurociência, em que o psicólogo se dedica ao estudo e intervenção de aspectos psicológicos sob o enfoque da relação entre eles e o funcionamento cerebral.
A terceira é a psicologia organizacional, que vem ganhando espaço nas empresas e organizações do Terceiro Setor. Neste segmento, o especialista acompanha o desenvolvimento de pessoas e elabora estudos e planejamentos sobre as condições de trabalho atuais e futuras. Também participa do recrutamento e seleção de novos funcionários, de projetos de orientação e treinamento.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Folha Geral.
Foto destacada: Reprodução.
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