Visando promover um aumento na produtividade dos funcionários, uma empresa de tecnologia em Franca (SP) tomou uma atitude que ainda é pouco comum no Brasil: reduzir a jornada semanal de trabalho de cinco para quatro dias. E o melhor, sem cortar salários!
Na NovaHaus, empresa que desenvolve sites e programas comerciais para computador, os cerca de 40 funcionários agora folgam nos fins de semana e também às quartas-feiras.
“O maior objetivo de ter essa folga na semana é proporcionar momentos de cultura, de lazer, de conexão com a família, conexão pessoal, e fazer as pessoas ficarem mais revigoradas para trabalhar melhor nos outros dias que elas precisam trabalhar”, explicou ao g1 o diretor da NovaHaus, Leandro Pires.
A empresa não só manteve os salários originais dos trabalhadores como também passou a incentivar o descanso no meio da semana com um vale de R$ 400 para ser usado em aplicativos de música, filmes, livrarias, cinemas, teatros e shows.
A medida, que está em fase de testes desde março, tem agradado os trabalhadores do grupo. “Nesse tempo que eu tenho, eu consigo resolver alguns problemas e também curtir. Com isso eu fico muito feliz e consigo programar melhor. Por enquanto, por exemplo, eu estou fazendo aula de bateria, também estou passeando um pouco mais, tem sido bastante legal”, contou o programador Gustavo da Silva Gomes.
A iniciativa surgiu após o período da pandemia, em que os funcionários estiveram em home office, como explicou Leandro Pires: “A gente ficou remoto até fevereiro desse ano e quando a gente retomou ao trabalho presencial, a gente não quis que as pessoas perdessem o tempo que ficavam em casa, com a família, então proporcionamos um dia na semana para que elas pudessem ficar com os familiares”.
O período de testes da nova jornada de trabalho se encerra em novembro, quando a diretoria da empresa irá avaliar se mantém esse modelo. No entanto, ao que tudo indica, a semana reduzida veio para ficar, visto que tem apresentado resultados positivos em relação à produtividade dos funcionários.
A animadora 2D Larissa Hamuy, que trabalaha há 11 anos na empresa, é uma das entusiastas da nova jornada de trabalho. “Tirar essa folga no meio da semana é indescritível, porque você tira um tempo para você. Eu estou me cuidando mais, estou descansando mais, e eu sinto que a equipe está rendendo mais. Vale a pena, recomendo para todas as empresas”, comemora.
A nova jornada de trabalho não impacta na remuneração dos funcionários. De acordo com o advogado especialista em direitos trabalhistas Renato Barufi, a alteração é possível, desde que o empregado receba como se estivesse trabalhando os cinco dias semanalmente.
“A lei trabalhista coloca um limite máximo de jornada, que é oito horas diárias e 44 horas semanais. Então, se o empregado está recebendo um salário como se trabalhasse oito e 44, mas trabalhando menos, isso é benéfico para o empregado, e tudo que é benéfico para o empregado a lei brasileira vai permitir”, explica.
O especialista faz uma ressalva: uma vez feita a alteração na jornada de trabalho, a empresa não pode mais voltar atrás. A exceção é se o empregado for contratado por horas de trabalho ou em regime de tempo parcial, ou seja, em que ele trabalha no máximo 30 horas por semana.
“Se o patrão instituiu essa jornada de apenas quatro dias de trabalho na semana, aqueles empregados que lá estão trabalhando não podem voltar a trabalhar mais de quatro dias e manter o mesmo salário. Se [o patrão] quiser que eles voltem a trabalhar cinco dias, ele precisa aumentar o salário.”
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de G1.
Fotos: Ronaldo Gomes/EPTV.
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