Empresa terá que indenizar trabalhador que era chamado pelo chefe de ‘nordestino cabeçudo’

Uma construtora terá que pagar uma indenização por danos morais em valor equivalente aos três últimos salários contratuais de um ex-empregado que foi alvo de ofensas por parte de seu chefe dentro das imediações da empresa.

Em ação movida na Justiça do Trabalho de Uberaba, o trabalhador alegou que era constantemente xingado pleo chefe na frente de outros funcionários. De acordo com ele, o patrão o chamava de “burro, jumento, inútil, imprestável”, além de dizer “não sei por que ainda trabalha aqui. Nortista cabeçudo! Nordestino é tudo burro! Moleque ruim de ‘trampo’!”. O ex-empregado também disse que era humilhado devido ao seu sotaque.

As acusações foram confirmadas por uma testemunha, que disse ter presenciado o colega sendo chamado de “burro, nortista e passa-fome”.

A própria testemunha também teria sido alvo de xingamentos e acreditava que o mesmo ocorria com outros funcionários. Outra testemunha afirmou que “o chefe do reclamante era mal-educado, chamava o autor de imprestável e muitas coisas”.

A juíza Vaneli Cristina Silva de Mattos, titular da 1ª Vara do Trabalho de Uberaba, destacou na decisão que ainda que todos os fatos alegados na petição inicial não tenham sido provados, não há dúvida de que havia maus-tratos, xingamentos, abordagens pejorativas e grosseiras pelo superior hierárquico do trabalhador.

“Esses tratamentos reiterados agrediram a personalidade, a dignidade, a integridade moral do autor e degradaram o clima social, com o fim de afastar o empregado das relações profissionais”, destacou a juíza na decisão.

A magistrada condenou a empresa a indenizar o trabalhador no valor de três vezes o último salário contratual.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações do R7.
Fotos: Reprodução.






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