Ratan Tata, líder do gigante conglomerado Tata Group, surpreendeu ao deixar uma parte significativa de sua fortuna de R$ 673,5 milhões para seu cão de estimação, Goa, e dois funcionários de confiança: o mordomo Konar Subbiah e o cozinheiro Rajan Shaw. Sem filhos ou esposa, Tata não priorizou seus irmãos no testamento; eles receberam apenas uma pequena parcela da herança, enquanto a maior parte foi destinada ao animal de estimação, aos trabalhadores e a instituições de caridade.
O testamento de Tata inclui uma exigência específica: Goa deve receber “cuidados ilimitados” até o fim de sua vida. Para garantir isso, Subbiah e Shaw ficarão responsáveis por administrar a fortuna e cuidar do cão. Dias após a morte do empresário, rumores falsos circularam nas redes sociais dizendo que Goa havia morrido. A notícia, no entanto, foi desmentida pela mídia, e o cão emocionou a todos ao participar do funeral do tutor.
A cerimônia de despedida de Tata mobilizou o país e contou com homenagens de personalidades como o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e o CEO do Google, Sundar Pichai. Goa esteve presente na cerimônia, reafirmando o vínculo próximo entre o empresário e seu animal de estimação.
Ratan Tata era conhecido não apenas por seu sucesso nos negócios – incluindo o lançamento do popular carro Tata Nano e a aquisição das marcas Jaguar e Land Rover – mas também pelo amor aos animais. Ele costumava instruir as seguranças para permitir que qualquer cachorro entrasse em suas propriedades.
O testamento foi descrito por amigos como “um gesto de gratidão” pelos laços afetivos que Tata cultivou. A divisão inesperada dos bens reflete a importância que ele deu ao seu círculo pessoal e reafirma seu apreço pelos que estiveram ao seu lado, humanos ou não.