Enfermeiras criam polvos de crochê para acompanhar bebês prematuros e gravemente doentes

Um grupo de enfermeiras e voluntárias está realizando uma ação nobre ao confeccionar polvos de crochê para ajudar os recém-nascidos internados na UTI Neonatal do Hospital Regional Nossa Senhora de Bom Conselho, em Arapiraca, Alagoas.

Desde 2017, o hospital abriga esta iniciativa chamada de ‘Crocheteiras e cia’. Até agora, as voluntárias já criaram mais de 1600 polvos de crochê, com o objetivo de proporcionar uma sensação de conforto e segurança aos recém-nascidos que estão passando por sérias dificuldades logo no início de suas vidas.

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A ideia surgiu originalmente da enfermeira e doula Lusandra Maria Gomes Almeida. Ao site Ecoa, ela conta que a inspiração surgiu de um projeto similar nascido em 2013, na Dinamarca.

“Eu estava fazendo um voluntariado de consultoria de amamentação. Vendo páginas de internet, vi que existia esses polvinhos do amor, um brinquedo que o bebê se apega desde pequeno e traz benefícios terapêuticos quando usados em uma UTI neonatal. Não existe uma base científica, mas na realidade, foram vistos benefícios em 17 países desse método. Eu me interessei”, lembra ela, que é crocheteira.

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Lusandra conta que fez um convite às colegas crocheteiras na comemoração do dia do artesão (19 de março) em 2017. “Pedimos para que elas se envolvessem nesse projeto, e muitas toparam. Levei a ideia para o hospital — onde já atuava—, e a equipe se encantou e topou. Ali eu já vi possibilidade da implantação e começamos a produzir”, explica.

A fisioterapeuta Natascha Cibele Barbosa, que está à frente do projeto na unidade, explica que os polvinhos ajudam no desenvolvimento dos bebês que nascem prematuros.

“Os polvinhos com seus tentáculos simulam para o bebê o cordão umbilical; e a textura do crochê se assemelha a textura da parede uterina. Com isso, eles se sentem mais acolhidos e calmos, reduzindo frequência cardíaca e respiratória, e acelerando o processo de maturação e a saída mais rápida do bebê do suporte de oxigênio”, afirma ela, que atua na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal do hospital.

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Natascha contou ainda que, em regra, a equipe coloca o polvinho fazendo em contato direto com a pele do bebê. “Em muitos casos é perceptível um semblante mais sereno e mais calmo do bebê”, conta.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Ecoa e Nation.
Fotos: Divulgação/Hospital Bom Conselho.






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