SAÚDE MENTAL

Entenda melhor a dor da rejeição

Por Janaína Reis

 

Como disse Carlos Drummond de Andrade, “A dor é inevitável. O sofrimento é opcional”. Mas será que quando estamos imersos em uma dor conseguimos pensar dessa forma?

Segundo estudos recentes conduzidos nos Estados Unidos, o sentimento da rejeição é semelhante à dor física, ativando inclusive as mesmas áreas no cérebro. Quando sentimos alguma dor física ou algo que nos incomode imediatamente procuramos uma forma de resolver e sanar isso, seja através de medicamentos ou outros tipos de tratamentos. Mas quando temos uma dor emocional, como a da rejeição, não há uma resolução prática e pontual que possa dar conta dessa sensação.

A intensidade da dor da rejeição nada tem a ver com o tempo de relacionamento ou momento de vida do casal, até porque muitas vezes a rejeição vem antes mesmo de se estar em uma relação e ainda sim pode ser intensa e capaz de fazer com que se reflita sobre os pensamentos e comportamentos diante de novas experiências amorosas.

Comumente se ouve que homens e mulheres sentem essa dor de forma diferente, porém, essa questão não está relacionada ao gênero, mas sim com questões enraizadas através da educação, sociedade, cultura e com características de personalidade individuais. Sofre mais aquele que estava mais envolvido na relação, que estava mais entregue e que tinha mais expectativas, aquele que provavelmente não desejava o término do relacionamento e isso não tem qualquer relação com o fato de ser homem ou mulher.

Não existe uma receita ideal de como lidar com o término de um relacionamento. Há quem prefira se isolar e resguardar suas emoções e há aqueles que buscam conhecer outras pessoas a fim de virar a página. O importante é reconhecer que uma relação precisa de duas pessoas para acontecer e essa experiência difícil pode inclusive contribuir fortemente para o autoconhecimento, podendo ser muito útil para um próximo relacionamento.

Uma atitude muito positiva para melhorar é se recordar de alguma outra situação anterior que também tenha lhe causado dor e como foi o seu processo de cura. Ainda que esse processo tenha sido muito doloroso, ajuda a percepção de que o sofrimento tem começo, meio e fim e que, mesmo deixando cicatrizes, a dor deixa de ser tão ativa e presente como a que está vivenciando no momento.

De certa forma o sofrimento pode ser mesmo encarado como “opcional”, para isso é preciso estar disposto a encarar as perdas e seguir em frente com as dores e cicatrizes, mas também com novos aprendizados e aberto a novas experiências.

TEXTO ORIGINAL DE MINHA VIDA

Psicologias do Brasil

Informações e dicas sobre Psicologia nos seus vários campos de atuação.

Recent Posts

Saiba mais sobre a moda do”Face taping”- técnica de baixo custo que promete deixar as mulheres mais jovens

Aplicar fita adesiva no rosto para reduzir linhas de expressão é um assunto que está…

11 horas ago

Qual o significado profundo de usar tatuagens, segundo a psicologia

Especialista explica por que as tatuagens vão além de moda ou estética

20 horas ago

SUS vai substituir papanicolau por exame de DNA mais eficiente ainda neste ano

Nova tecnologia recomendada pela OMS é mais eficaz e detecta o vírus com até 10…

2 dias ago

O que significa, segundo a Psicologia, “rir de nervoso” involuntariamente?

Quando rir vira defesa: estudo revela por que expressamos emoções “fora de hora” e o…

2 dias ago

Críticas a Ivete Sangalo por deixar os filhos: psicóloga analisa a polêmica

Ivete Sangalo viaja sem os filhos e levanta debate: é saudável o casal tirar um…

3 dias ago

O que a psicologia revela sobre você pelo seu jeito de cumprimentar as pessoas

Entenda como diferentes tipos de cumprimento revelam aspectos da sua personalidade e afetam suas conexões…

3 dias ago