Há momento em que desmoronamos por sermos fortes demais, por suportar demais. Ficamos disponíveis por muito tempo, assumimos muitas responsabilidades. Quando há muitos “demais” em nossas vidas o esgotamento psicológico torna-se normal.
O esgotamento psicológico é geralmente um processo lento que não percebemos. O problema é que explode em situações “sem importância” as quais, em outras circunstâncias, nem daríamos importância. A gota d´água pode ser qualquer coisa que nos impeça de avançar. Então, despencamos. Literalmente.
O esgotamento psicológico é um estado de muito cansaço mental e emocional, diversas vezes acompanhado de falta de força física. Este estado de desgaste extremo é causado por excesso de recursos emocionais e cognitivos exigidos. Em outras palavras: Deixamos de dar conta de nós mesmos. É como uma sensação de “preguiça” ou “inércia” física e mental, um “peso” carregado no dia a dia.
As causas da exaustão psicológica são variáveis, embora em muitos casos há uma constante: Dar demais e receber muito pouco. O esgotamento aparece como resultado de uma entrega excessiva, seja no trabalho, aos outros, a um grande projeto. Mas também pode e aparece em situações cotidianas, tarefas rotineiras.
Na prática, é como se fizéssemos saques no nosso caixa emocional e não nos preocupássemos em obter alguma renda. Não descansamos o suficiente, dedicamos pouco tempo a nós mesmos ou recebemos pouco carinho de quem nos cerca.
Há também casos em que o cansaço mental é efeito de muitas mudanças, até mesmo positivas, em pouco tempo. Quando tudo acontece muito rápido, perdemos a habilidade de gerenciar e nos sentimos sobrecarregados. É quando a gente sente que tem tudo o que quer, mas na nossa cabeça parece ter um sensor avisando de que algo está errado.
2. Irritabilidade. Um dos sintomas mais óbvios do esgotamento é o nervosismo, irritabilidade, hipersensibilidade, porque você perde o autocontrole. Simultaneamente, passa a interpretar situações comuns como se fossem ameaças, o que faz você ficar na defensiva.
3. Insônia. É comum não conseguir dormir por conta de problemas mal resolvidos, e também que problemas sejam mal resolvidos por conta de noites ruins de sono. Um ciclo se forma.
4. Anedonia. Você se torna incapaz de desfrutar das coisas que gostava de fazer. É como se você estivesse num limbo, flutuando, distante da realidade.
5. Perda de Motivação. Quando você está esgotado psicologicamente, é comum aparecerem sentimentos de desencanto, desespero, apatia. A motivação para se engajar em coisas novas sumir e você ficar estático diante da sua vida.
6. Falhas de atenção. Atenção é um dos primeiros processos psicológicos afetados pelo esgotamento. É provável esquecer mensagens, onde deixou algo importante. Isso acontece porque sua mente está saturada demais para continuar processando informações.
7. Pensamento Lento. O esgotamento afeta brutalmente a sua capacidade raciocínio. Aquilo que antes era uma moleza de fazer, passa a ser difícil porque seus processos cognitivos estão travando.
Todos podemos nos esgotarmos psicologicamente, especialmente quando passamos por situações muito estressantes. Mas existem características de personalidade que tornam alguns mais vulneráveis que outros.
Como os perfeccionistas, pessoas com dificuldade para compartilhar tarefas, aqueles que possuem hipersensibilidade emocional e os chamados “mãos para toda obra” que se tornam incapazes de relaxar de seus afazeres.
Todos devem encontrar seu próprio remédio para seu esgotamento, o que significa que você deve detectar o que está te deixando assim. Lembre que há momentos que uma simples mudança de perspectiva já altera as coisas significativamente.
No entanto, aqui estão cinco boas lições para seguir:
Imagem de capa: Shutterstock/globalmoments
Texto traduzido e adaptado de Rincon Psicologia
* Não se esqueça. A psicoterapia é o caminho para entender como o esgotamento psicológico apresentado neste texto funciona de maneira específica na sua vida. Procurar um profissional da psicologia pode e deve te auxiliar bastante nestas questões.
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