Poderíamos dizer que, atualmente, um dos maiores problemas que os pais enfrentam é a ansiedade nas crianças. Comportamentos nervosos, seus problemas de sono, seus medos quase irracionais… A que se devem?
Ser pai, ser mãe, não é uma tarefa fácil. Não chegamos a este mundo com um manualque nos explique de que forma podemos educar crianças felizes, que no futuro se convertam em adultos maduros e capazes de alcançar seus sonhos, sejam quais forem eles.
Ser mãe, ser pai, é uma aventura que se aprende a cada dia e requer não apenas amor, como também valentia e muitos recursos emocionais. A ansiedade nas crianças é um desafio que podemos tratar “reorientando” alguns estilos de educação.
Se atualmente você percebe que algum de seus filhos está mostrando comportamentos ansiosos, o primeiro a fazer é evitar corrigir a criança com castigos ou censurando-a. Longe de ajudar, aumentaremos ainda mais a tensão que sentem.
Acredite ou não, todos dispomos de estratégias adequadas para enfrentar e resolver essas circunstâncias. Você deve se lembrar de que não se trata de ser a melhor mãe ou o melhor pai do mundo.
Trata-se de “estar” sempre presente. Trata-se de ser o melhor exemplo, o melhor modelo no qual nossos filhos possam encontrar apoio e bons exemplos.
Hoje, neste artigo, queremos ajudá-lo a gerenciar a ansiedade nas crianças.
É muito possível que, em mais de uma ocasião, você tenha ouvido que “as crianças ansiosas são o reflexo de pais ansiosos”. Mas a razão pela qual nossos filhos sofrem com a ansiedade pode ir, às vezes, mais além.
A ansiedade é uma resposta diante de circunstâncias vistas como ameaças. Desenvolvem-se medos e estratégias inadequadas para resolver os problemas cotidianos. Viver uma infância com ansiedade vai dificultar o desenvolvimento emocional adequado das crianças no futuro.
Há experiências que os pequenos não conseguem entender, ou que processam de maneira inadequada. A perda de algum familiar, como um avô, por exemplo, pode despertar nelas certos pensamentos irracionais que podem resultar em transtornos de ansiedade.
O universo emocional e particular de uma criança é tão complexo como sensível. Os pais não podem chegar a todas essas dimensões, não podemos tornar a vida deles tão fácil quanto desejaríamos.
Assim, o mais importante é estarmos atentos, estarmos disponíveis, proteger, atender, falar e escutar. A ansiedade nas crianças é o sintoma de algo que devemos compreender e enfrentar.
Estratégias adequadas e um estilo de educação baseado na Inteligência Emocionalpodem, sem dúvida, nos ajudar na hora de prevenir e tratar a ansiedade nas crianças.
Na hora de educar, devemos estar conscientes de nós mesmos. Suas palavras educam, seus gestos, reações e até o tom de voz são instrumentos que as crianças integram, processam e sentem. Atue em equilíbrio e sem incongruências; formar pessoas felizes é também educar em termos de emoções.
Segundo o estudo citado anteriormente na revista “The American Journal of Psychiatry”, e a psiquiatra Golda Ginsburg, às vezes, basta que algum dos pais apresente comportamentos ansiosos para que as crianças, sobretudo entre os 6 e os 13, sejam diagnosticadas com um transtorno de ansiedade.
O mesmo autor nos explica, por sua vez, que não há uma única causa para esses problemas. Na realidade, é uma combinação em que se encontra, por um lado, a genética e, por outra, muitos fatores ambientais.
Se nós mesmos ou nossos parceiros sofremos um transtorno de ansiedade, o mais adequado seria sem dúvida tratar o problema e sermos conscientes disso para que nosso estilo de educação não se baseie nessas condutas que, às vezes, podem surgir sem que nos demos conta.
Vejamos agora quais seriam as estratégias mais adequadas para prevenir e enfrentar a ansiedade nos pequeninos:
É possível que você tenha medo de que aconteça algo com seus filhos. A superproteção gera, queiramos ou não, muita ansiedade nas crianças. Devemos permitir que sejam capazes de enfrentar seus medos.
Medo do primeiro dia numa escola em que não conhece ninguém, medo de não se sair bem em seu time de futebol, medo de fazer perguntas durante a aula, medo de passar dois dias sem ver os pais porque vai a uma excursão…
Devemos permitir que ela desenvolva estratégias próprias de enfrentamento. Quando o fizer e resolver seus temores, se sentirá orgulhosa de si mesma.
Felicite seus filhos por cada coisa que façam bem e, o mais importante, evite censurar ou criticar quando cometerem um erro.
As censuras sob a forma de gritos ou as palavras que depreciam, como “você é desastrado”, criam uma alta ansiedade nas crianças. As mensagens negativas criam comportamentos de evitação, portanto, o melhor é incentivar, animar e apoiar.
Às vezes menosprezamos coisas que, para eles, são importantes, e que nós quase não vemos por falta de tempo.
Se seu filho valoriza que você diga que esse desenho é bonito, ou que tenha tirado uma nota alta na aula, ou que gosta de determinado animal, escute-o sempre. Ver que não as valorizamos cria incertezas nelas, e o “não saber” gera ansiedade.
Descubra o que lhes dá medo, por mais insignificante que seja. Eles têm medo do escuro? Não querem ir sozinhos ao colégio? Têm medo de ir mal em uma prova?
Fale com seus filhos sobre todos os seus medos e faça-o com uma atitude compreensiva e atenta. Em seguida, faça uma afirmação positiva cheia de ânimo, para lembrá-lo de que ele poderá fazer tudo e que sempre contará com ajuda.
Os melhores guerreiros não são aqueles que sempre obtêm sucesso, mas os que são capazes de vencer seus medos e crescer através dessas vitórias cotidianas.
Imagem de capa: Shutterstock/altanaka
TEXTO ORIGINAL DE A MENTE É MARAVILHOSA
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