As bebidas energéticas se tornaram uma escolha popular para quem busca um impulso rápido no dia a dia. Contudo, os efeitos desses produtos no corpo vão muito além da sensação de alerta e disposição que muitos consumidores relatam. Um estudo recente detalhou a linha do tempo de como esses produtos afetam nosso organismo e trouxe novos insights sobre as potenciais consequências do uso regular.
De acordo com a pesquisa, a cafeína, principal ingrediente ativo das bebidas energéticas, começa a surtir efeito já nos primeiros 10 minutos após o consumo. É entre 15 e 45 minutos, no entanto, que o impacto mais intenso é sentido, com aumento na concentração e sensação de energia elevada.
No entanto, esse pico de disposição tem um custo. Por volta dos 50 minutos após a ingestão, o fígado entra em ação, absorvendo mais açúcar da corrente sanguínea como uma forma de equilibrar a estimulação da cafeína. Esse processo pode levar a um aumento rápido nos níveis de glicose, seguido por uma queda brusca, gerando cansaço e irritabilidade.
“A queda de açúcar que se segue ao pico inicial pode deixar os consumidores se sentindo fatigados e irritáveis. É um ciclo clássico de altos e baixos que muitos consumidores regulares de bebidas energéticas experimentam”, explica a Dra. Emma Richardson, nutricionista especializada nos impactos dessas bebidas.
Os efeitos estimulantes no corpo persistem por várias horas. Estima-se que o corpo precise de cerca de cinco a seis horas para metabolizar metade da cafeína consumida. No total, são necessárias até 12 horas para que a cafeína seja completamente eliminada do sistema. “Muitas pessoas subestimam quanto tempo a cafeína permanece em seu corpo. Isso pode levar a distúrbios do sono se as bebidas energéticas forem consumidas mais tarde no dia”, observa a Dra. Richardson.
Além da cafeína, a acidez das bebidas energéticas também é motivo de preocupação. Com um nível de pH semelhante ao do vinagre, esses produtos podem corroer o esmalte dentário e causar irritações no trato digestivo. O gastroenterologista Dr. James Foster alerta: “O consumo regular de bebidas altamente ácidas pode levar a problemas dentários e exacerbar condições como refluxo ácido.”
Outro componente comum nos energéticos é a taurina, uma substância cujo efeito ainda é debatido entre especialistas. “As evidências sobre as propriedades energéticas da taurina são limitadas. Sua inclusão parece ser mais sobre marketing do que benefícios comprovados”, aponta o Dr. Foster.
A tolerância aos energéticos também pode aumentar com o tempo, levando os consumidores a buscarem doses mais altas para alcançar os mesmos efeitos. Esse ciclo de consumo elevado aumenta os riscos à saúde, que vão desde distúrbios do sono e problemas digestivos a alterações no comportamento.
À medida que a pesquisa avança, especialistas continuam a analisar como as bebidas energéticas interagem com o corpo humano. Por enquanto, a recomendação é que os consumidores estejam atentos ao consumo, limitando a ingestão e evitando combiná-las com outras fontes de cafeína.
Essas bebidas, embora tentadoras para um impulso temporário, devem ser consumidas com moderação. Compreender seu impacto total no corpo é crucial para tomar decisões informadas sobre a saúde.
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Fonte: Mistérios do Mundo
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