No último final de semana, uma torcida formada por estudantes de medicina da Universidade de Iguaçu (UNIG) entoou um grito de guerra com preconceito de classe durante o Intermed (Jogos Universitários de Medicina RJ-ES). “Eu sou playboy, não tenho culpa se seu pai é motoboy”, disseram os estudantes.
Diante da repercussão negativa do caso, a prefeitura de Vassouras (RJ), onde o evento foi realizado, afirmou que baniu os estudantes da Unig (Universidade Iguaçu) e aplicou uma multa à instituição de ensino do campus de Itaperuna (RJ).
“Essa faculdade não participa mais de jogos aqui na nossa cidade. Os estudantes são bem-vindos aqui, mas têm que ter respeito, principalmente respeito com o ser humano”, afirmou o prefeito de Vassouras, Severino Dias (DEM), em publicação nas redes sociais.
O valor da multa aplicada à universidade não foi divulgado, no entanto o prefeito informou que o dinheiro será utilizado na compra de uma moto, que será sorteada entre os motoboys de Vassouras.
O prefeito ainda classificou o “grito de guerra” preconceituoso como um “ato explícito de preconceito e desrespeito a uma classe de trabalhadores digna e essencial” e frisou do papel dos motoboys para o funcionamento do país durante a pandemia de coronavírus.
“Acredito que o esporte une pessoas, raças, credos e classes. Mas tudo que ouvimos foi o contrário disto”, disse.
Em nota, a Universidade de Iguaçu afirmou que repudia veementemente qualquer tipo de discriminação, seja por classe social ou condição financeira, e disse “lamentar profundamente o episódio”.
“Não compactuamos com nenhum tipo de repressão ou desrespeito à raça, gênero ou classe social. A ação de alguns poucos alunos não representa o pensamento dos demais. Infelizmente não temos controle sobre cada torcedor, porém todas as medidas necessárias para que isso não se repita foram tomadas”, escreveu o diretório acadêmico Dr. Renam Catharina Tinoco (DARCT), do curso de medicina da Unig.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações do UOL.
Fotos: Reprodução.
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