É comum ver nas redes sociais aquelas clássicas fotos de estudantes de medicina reunidos, exibindo com orgulho os seus jalecos. Essas fotos costumam simbolizar a vitória desses jovens diante da dificuldade que é conseguir uma vaga neste que é o curso mais concorrido de todos. Nos últimos anos, porém, essas fotos costumam chamar atenção das pessoas por outro motivo além da realização pessoal dos estudantes. Grita aos olhos a falta de pessoas negras nesses grupos; o que é um claro indicativo de que, mesmo que tenhamos avançado muito na quaestão da inclusão, os negros ainda encontram dificuldade para acessar alguns cursos que são mais concorridos, como é o caso da medicina.
Por todos esses motivos, a foto postada nas redes sociais por um grupo de estudantes negros da Faculdade de Medicina da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, já chamaria atenção de muita gente. O que a faz ainda mais impactante é o cenário em que eles fizeram o clique. Os jovens foram a Louisiana para um museu que antigamente era uma fazenda de escravos do estado. Por conta deste fato negativo da história, eles decidiram tirar fotos com os seus jalecos de médicos na frente do local. O objetivo foi mostrar a evolução que a sociedade teve e ilustrar a “resiliência ancestral”.
A foto viralizou nas rede sociais nesta semana e mostrou ao mundo as diferenças que a passagem de alguns séculos proporcionaram na sociedade. A ideia foi do estudante Russell Ledet, que reuniu os colegas para tirar a foto. Além disto, ele promoveu a aproximação entre os alunos, que seguem uma carreira que, segundo ele, carece de diversidade. “Todos nós seremos médicos, mas, além disso, todos nós seremos médicos negros”, afirmou.
Um dos estudantes que fez parte da foto foi Sydney Labat e ela comentou sobre esta ação. “Somos os sonhos mais ferozes dos nossos antepassados”, escreveu a estudante. “Como médicos em treinamento, estávamos nos degraus do que antes era o local de escravos para nossos ancestrais. Essa foi uma experiência tão poderosa e me levou às lágrimas. Para os negros que seguem uma carreira na medicina, continuem. Para toda a nossa comunidade, continuem se esforçando. A resiliência está no nosso DNA”, relatou.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de NE10.
Foto destacada: Reprodução/Instagram.
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