Quanto os país têm muita empatia sem o equilíbrio de outros atributos, tendem a ser permissivos com os filhos. É comum ouvirmos pais superprotetores dizendo frases como “Não é uma gracinha? Menino é assim mesmo, muito ativo, não é? Puxa, como eles têm energia”, quando essas explicações são apenas justificativas para comportamentos inadequados. Atitudes assim tendem a ocultar problemas de caráter que, se não forem encarados, terão repercussões negativas nas interações sociais da criança.
Todos os dias, pais superprotetores negociam com os filhos em supermercados e shoppings e, na maioria das vezes, a criança conquista um prêmio e mais um reforço a favor dessa limitação emergente. Não deixou de significar não, assim como pare não quer dizer mais pare. Para os pais excessivamente empáticos, as palavras não têm significado e são empregadas sem nenhuma consequência, até que a criança deixa de dar atenção a tantas ameaças vazias.
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Não é de estranhar que uma das limitações mais frequentes em casa sejam os acessos de raiva. Como eles surgem? Por que continuamos tendo dificuldade em controlar nosso temperamento na idade adulta, quando devíamos ter aprendido isso na adolescência? De onde vêm esses problemas e por que eles continuam a se manifestar?
Os problemas pertinentes a cada idade precisam ser abordados nas diversas etapas da vida. Mas o que acontece quando certas questões relativas à idade não são resolvidas no período adequado? Os problemas não desaparecem simplesmente porque envelhecemos. Eles continuam a se manifestar e se tornam mais prejudiciais com a idade, até que tomemos alguma providência. às vezes aprendemos a ocultar algumas questões e a conviver com elas durante anos, ms em algum momento essas limitações virão à tona. Esse é o caso da agressividade. A raiva não vai embora; fica adormecida e explode nos momentos mais inapropriados.
E o pior dessas ocasiões em que as pessoas perdem a cabeça é que muitas vezes dá certo. É como a criança que não quer fazer o dever na sala de aula e acaba brigando com a professora e sendo mandado para a diretoria. Dessa maneira, o truque funciona!
De certo na escola, assim como deu certo em casa. A criança faz um escândalo, briga e é mandada para o quarto, em vez de ter que terminar de lavar a louça. A agressividade dá resultado. Em pouco tempo as crianças percebem que podem se livrar das mais diversas situações armando um chilique monumental , com gritos, chutes e choradeira. Quando crescem, continuam fazendo aquilo que sempre deu certo. Certamente você pensará em um chefe ou um colega de trabalho, ou talvez um parente que mantém o controle das pessoas ou das situações por meio da intimidação ou de sua reputação de estourado.
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Para todos os envolvidos, é muito mais fácil encarar a agressividade enquanto ela ainda usa fraldas do que esperá-la amadurecer e ganhar a forma de abuso doméstico, direção agressiva ou crime passional.
Por Flip Flippen
em “Pare de se sabotar e dê a volta por cima:
como se livras de comportamentos que atrapalham a sua vida”
p. 170-173
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