O lendário ator francês Alain Delon, que faleceu no último dia 18 de agosto, aos 88 anos, teve seu desejo de ser enterrado ao lado de seu cachorro Loubo e de seus outros 35 cães não atendido pela família. Delon, conhecido por seus papéis icônicos em filmes como “O Leopardo”, havia manifestado esse pedido em uma entrevista à revista Paris Match em 2018, expressando sua profunda conexão com Loubo, um pastor-belga malinois que adotou em 2014.
Na entrevista, Delon revelou seu desejo de que, caso ele morresse antes de Loubo, o cachorro fosse sacrificado para que os dois pudessem “partir juntos”. “Se eu morrer antes, pediria ao veterinário que partíssemos juntos. Ele vai picá-lo para que ele morra em meus braços. Prefiro isso do que saber que ele poderia morrer no meu túmulo com tanto sofrimento”, afirmou Delon na ocasião.
Entretanto, a família do ator interveio, recusando-se a realizar a eutanásia do cão, uma decisão que foi amplamente apoiada por defensores dos direitos dos animais. A fundação de proteção animal de Brigitte Bardot, amiga próxima de Delon, foi uma das primeiras a tranquilizar os fãs preocupados com o destino de Loubo. “Não se preocupem! Muitos de vocês nos enviaram mensagens sobre o futuro de Loubo. Ele tem a sua casa e a sua família, que cuidará dele. É claro que Loubo não será sacrificado”, declarou a fundação em uma postagem no X, antiga rede social Twitter, no dia 20 de agosto.
Anthony Delon, filho do ator, compartilhou uma foto de Loubo em sua rede social no dia 22 de agosto. Na imagem, o cão aparece tranquilo na propriedade de Douchy, onde Alain Delon foi enterrado, confirmando que Loubo está sendo bem cuidado pela família.
Apesar de o pedido de eutanásia de Loubo não ter sido atendido, os outros desejos de Delon foram respeitados. O funeral, realizado no sábado, 24 de agosto, foi uma cerimônia íntima, restrita apenas à família e amigos próximos. Delon foi sepultado em uma cripta em sua propriedade em Douchy, ao lado dos outros cães que foram seus companheiros ao longo da vida. Esse tipo de sepultamento, incomum na França, exigiu uma autorização especial, que o ator havia solicitado previamente junto às autoridades locais.
Alain Delon, um dos maiores ícones do cinema francês, despediu-se deste mundo cercado pelo amor de seus filhos e pela presença constante de Loubo, seu fiel companheiro até o fim.
