ARTE E ENTRETENIMENTO

Filme de Scorsese que custou quase R$1 bilhão e foi indicado a 10 Oscars é uma das ‘joias da coroa’ da Netflix

“O Irlandês” (The Irishman), dirigido por Martin Scorsese e lançado em 2019, é uma obra épica do cinema que mergulha nas profundezas da máfia americana. Baseado no livro “I Heard You Paint Houses” de Charles Brandt, o filme narra a história de Frank Sheeran (interpretado por Robert De Niro), um veterano de guerra que se torna assassino de aluguel e confidente de uma das figuras mais notórias do crime organizado, Jimmy Hoffa (Al Pacino).

A narrativa se desenvolve ao longo de várias décadas, seguindo a trajetória de Sheeran desde seus dias como motorista de caminhão até sua ascensão nas fileiras do crime, facilitada por suas conexões com a família criminosa Bufalino, liderada por Russell Bufalino (Joe Pesci). A história é contada em retrospectiva, com um Sheeran idoso relembrando os eventos de sua vida, incluindo seu papel controverso no desaparecimento de Hoffa.

“O Irlandês” explora temas como lealdade, arrependimento e a passagem do tempo, com um enfoque particular na moralidade ambígua do mundo do crime. Scorsese usa sua habilidade característica para criar um retrato detalhado e emocionalmente complexo dos personagens, mostrando como suas escolhas afetam não só a si mesmos, mas também aqueles ao seu redor.

O elenco estelar entrega performances memoráveis. De Niro oferece uma interpretação contida e introspectiva, capturando a complexidade de Sheeran. Al Pacino brilha como o carismático e impulsivo Hoffa, trazendo intensidade e energia ao papel. Joe Pesci, em um papel mais reservado do que o habitual, apresenta uma performance sutil e poderosa como Bufalino, demonstrando uma quieta autoridade e pragmatismo.

Uma das características marcantes do filme é o uso da tecnologia de rejuvenescimento digital, que permite que os atores interpretem seus personagens ao longo de várias fases da vida. Embora a técnica tenha gerado debates sobre sua eficácia, ela contribui para a ambição narrativa do filme, permitindo uma continuidade visual que seria difícil de alcançar de outra forma.

Scorsese, conhecido por seu domínio do gênero de filmes de máfia, emprega sua visão magistral para criar um épico que é ao mesmo tempo grandioso e íntimo. A cinematografia de Rodrigo Prieto capta a atmosfera das diferentes épocas com precisão, enquanto a trilha sonora complementa perfeitamente o tom melancólico e nostálgico da história.

“O Irlandês” é um tour de force cinematográfico que combina a maestria narrativa de Scorsese com performances excepcionais de um elenco lendário. Embora seu ritmo deliberado e duração extensa possam ser desafiadores para alguns espectadores, o filme recompensa aqueles que se permitem imergir em sua história rica e complexa. É um exame profundo das escolhas de vida e suas consequências, um testemunho do talento de Scorsese e uma adição digna à sua ilustre carreira.

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