“Fiquei apavorada com atitude da minha amiga ao visitar meu recém-nascido”

A britânica Siobhan Smith, que é mãe de um bebê de 18 meses, concedeu uma entrevista so site Metro UK, na qual citou que um de seus maiores desafios no início da jornada como mãe de primeira viagem estava relacionado às visitas. Ela contou que costumava ficar em pânico quando as pessoas beijavam seu recém-nascido, sem hesitar.

“Quando uma amiga levantou meu recém-nascido até o rosto dela e colocou os lábios bem na testa dele, meu estômago embrulhou”, relatou a mãe. Na ocasião, o bebê de Siobhan estava com três semanas de vida e era a primeira vez que a amiga o via. “Foi um ato de muito amor e, honestamente, algo que eu mesma poderia ter feito antes de ter meu próprio bebê”, admite.

Siobhan diz que, após se tornar mãe, se esforçou para tentar lembrar se já havia beijado bebês de outras pessoas, ao conhecê-los, mas não conseguiu puxar nada em sua memória. Segundo ela, isso é um sinal de que não é algo com que as pessoas se preocupem, normalmente. “Mas, depois, percebi que deveriam”, afirma.

“Durante os primeiros meses de vida, os bebês têm sistemas imunológicos subdesenvolvidos, e o que pode ser um simples resfriado para você ou para mim, tem o potencial de hospitalizar um bebê”, reforça. “Então, enquanto minha amiga beijava meu filho, fui tomada por um medo paralisante de que esse gesto inocente pudesse deixá-lo gravemente doente ou até mesmo resultar em sua morte”, confessa. “Pode parecer exagero, mas ele tinha apenas 21 dias de vida e eu estava com medo de ele ser infectado por germes de outras pessoas”, acrescenta, admitindo que seu medo pode ter sido exagerado, mas não infundado.

Siobhan conta ainda que ficava aflita o tempo todo, ao ver as pessoas segurando seu filho, atenta para ver se elas o beijavam ou o tocavam com as mãos potencialmente sujas. “A preocupação constante até me levou a evitar certos encontros sociais, pois não queria ser vista como rude ou parecer uma mãe neurótica (tenho quase certeza de que falhei na segunda parte)”, diz ela.

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As preocupações da mãe não eram infundadas. O bebê de Siobhan nasceu no auge da temporada de resfriados e gripes, depois de uma pandemia e, além de tudo, ela sofre de ansiedade relacionada a questões de saúde.

“Embora eu possa ter sido hipersensível à possibilidade de meu filho ficar doente por causa de germes adultos indesejados, é um medo perfeitamente válido”, afirma, lembrando que orientações de órgãos como o NHS, o sistema público de saúde do Reino Unido, afirmam que beijar um recém-nascido é uma atitude a ser evitada.

Siobhan cita um estudo que revelou que um beijo de 10 segundos é capaz de transmitir até 80 milhões de bactérias, o que é praticamente inofensivo para um adulto, que possui o sistema imunológico completamente desenvolvido. No entanto, para os bebês, pode causar danos maiores.

“Além de transmitir resfriados ou vírus, outro problema óbvio com o beijo é a herpes labial — elas podem ser mortais para bebês e, mesmo que você não tenha herpes ativa, elas podem ser contagiosas por até dois dias antes de realmente aparecerem”, aponta a mãe.

Siobahn defende que, ao visitar um bebê, sem saber qual é o nível de conforto dos pais com toques, abraços e beijos, o ideal é perguntar. “Meu filho pequeno tem 18 meses agora e eu ainda entraria em pânico se alguém o beijasse no rosto, mas me sinto muito mais confortável com pessoas que o pegam no colo”, afirma.

“E para os novos pais que estão se questionando, não se sintam neuróticos ou rudes por pedir que as pessoas respeitem seus limites: não fazer isso pode ser um ‘risco de vida’”, completa.

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Fonte: Crescer.
Foto: Reprodução/ Metro UK






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