O que aconteceu com Sarah Sands e sua família é algo que ninguém quer experimentar. Parece óbvio, mas é impossível não se colocar no lugar deles.
Seu martírio começou em 2014, após saber do abuso e da história de seu vizinho chamado Michael Pleasted, de 77 anos.
“Fiz o que qualquer mãe faria”, confessou ela após ser libertada da prisão, onde cumpria pena por atacar e tirar a vida de Pleasted, o sujeito que abusou de seu filho.
As autoridades revelaram que o idoso tinha 24 condenações por crimes parecidos com o cometido contra o filho de Sarah. Ele até mudou de nome para evitar ser descoberto e continuar suas práticas criminosas.
“Nunca sonhei que seria capaz. Não tenho orgulho disso, mas pelo menos sei que ele não pode machucar mais ninguém. Não sou uma pessoa má, mas sei que fiz algo errado. Nunca neguei e fui punida. Não me arrependo do que fiz. Eu era uma mãe desesperada para proteger meus filhos.”, disse Sarah ao The Sun.
A mãe de cinco filhos soube no início de 2014 que seu vizinho havia abusado de seu filho Bradley. Naquela época, o idoso teria abordado o menino de 12 anos para lhe oferecer um emprego em uma loja onde ele era voluntário.
Ele foi às autoridades, à polícia e aos serviços sociais, mas ninguém o ouviu.
Sarah e Bradley acharam que era uma boa maneira de ganhar dinheiro, entrar no mundo do trabalho e ganhar independência.
Não havia razão para desconfiar de “Mick”.
Aos poucos, segundo a mulher, o menino foi perdendo o interesse pelo trabalho. Em poucos dias, Sarah soube que o idoso fora acusado de abusar de dois meninos que ela conhecia. Bradley, na época, negou ter sofrido abusos. Eles pediram ajuda de todas as partes, mas ninguém os ouviu.
Em pouco tempo, seu filho desabou na frente dela. Ele confessou ter sido abusado.
A polícia sabia de tudo, mas ainda assim deixou Mick ir para casa, sem uma condenação justa e livre para continuar cometendo crimes. Sarah fez justiça com suas próprias mãos.
“Eu o encontrei puxando o cabelo, balançando, tremendo e chorando. Ele ficava dizendo: ‘Eu deveria ter dito a você antes, isso pode tê-lo impedido de fazer o mesmo com aqueles caras mais jovens.’ Ele foi atacado na loja e em sua casa. Eu me senti doente e com o coração partido.”, disse Sarah.
Bebi duas garrafas de vinho, voltei para o meu antigo apartamento e me ajoelhei no chão segurando uma foto das crianças gritando. Eu não conseguia chorar antes, porque Bradley estava sempre por perto. A culpa que senti por não protegê-lo me oprimiu. Foi quando peguei a faca e fui para a casa de Mick.”, continou.
“Eu queria persuadi-lo a se declarar culpado para que Bradley não tivesse que testemunhar. Mick abriu a porta e sorriu. Ele era arrogante e brusco. Ele não estava me ouvindo. Ele era frio. Um homem diferente do que meu vizinho amigável tinha sido. Eu bati em sua testa com a faca e ele me agarrou. Eu perdi o controle. Eu não poderia deixar ninguém se machucar, alguém tinha que proteger as pessoas.”
A faca de cozinha foi usada para fazer justiça oito vezes.
Posteriormente, Sarah foi capturada por câmeras de segurança e, em lágrimas, confessou o crime à polícia. Foi condenada a 4 anos de prisão e, uma vez fora, diz que não se arrepende e que recebeu todo o apoio da família. As pessoas entenderam seu caso e muitos se colocaram no lugar dela.
Bradley tem 19 anos hoje e saiu do anonimato para relatar sua experiência como vítima, além de ajudar a mãe a escrever um livro intitulado “Perda de controle”.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de UPSOCL.
Fotos: Reprodução/Central News.
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