‘Fui demitido da Record porque templos estavam fechados’, revela apresentador
Domingos Meirelles deixou a Record em 2021, durante a pandemia de covid-19 Imagem: Reprodução/Record

O apresentador Domingos Meirelles, que ficou conhecido por comandar programas policiais na Globo e na Record, concedeu uma entrevista ao Splash, na qual revelou que foi dispensado da emissora de Edir Macedo por causa do fechamento dos templos durante a pandemia.

A demissão do jornalista de 83 anos se deu em meio à pandemia de covid-19, em 2021, sob a justificativa de que a empresa estaria passando por uma crise financeira, contou o apresentado.

Domingos foi contratado pela emissora em 2014, quando passou a apresentar o Repórter Record Investigação. “Fui para um programa que eles criaram especialmente para mim, que, na verdade, seria como o Linha Direta Justiça. Eram casos resolvidos e que tiveram grande repercussão na época.”

Ao longo a entrevista, ele apontou diferenças entre a Record e a Globo. O jornalista também citou a declínio do chamado “padrão Globo de qualidade”, que foi criado por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, com Walter Clark, entre as décadas de 1960 e 1990.

“Depois o programa foi mudando. A Record não tem o mesmo know-how da Globo. Não tem o mesmo nível de acabamento. Aquele padrão Globo, que hoje em dia já está desaparecendo.”

O apresentador disse ter sido comunicado do fim do contrato com a Record por meio de uma ligação telefônica. “Fiquei lá até 2021. Com a pandemia, a direção da emissora me ligou dizendo que eles estavam enfrentando uma crise financeira porque os templos estavam fechados. Não renovaram o contrato. Em plena pandemia.”

Meireles acionou a Record TV na Justiça, reivindicando reconhecimento de vínculo trabalhista, adicional por acúmulo de funções e pagamento de horas extras. A ação, que foi protocolada em janeiro, pede R$ 3,5 milhões da emissora de Edir Macedo.

A Justiça determinou que a Record apresentasse dados trabalhistas. “Considerando que parte das alegações da petição inicial é a ‘celetização’ de pessoas que antes prestavam serviços como pessoa jurídica, o que denotaria suposta fraude contratual anterior, defiro, devendo a reclamada juntar tal documentação no prazo de 10 dias”, diz a ata da primeira audiência à qual Splash teve acesso.

A jornalista Thalita Oliveira é uma das testemunhas de Meireles na ação. Segundo o colunista Sandro Nascimento, do site Natelinha, a ex-Record também move uma ação contra a Record TV. Ela alega, entre outras coisas, que foi vítima ede assédio moral da Direção de Jornalismo.

O Splash procurou a Record para saber o posicionamento da emissora sobre o processo aberto por Domingos Meirelles e os motivos que levaram ao desligamento do profissional e as falas dele, mas não obteve retorno.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações Splash/UOL.






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