“Gaslighting” foi eleita a palavra do ano pelo Merriam-Webster, um conceituado dicionário americano. Ainda não sabemos se a razão do pódium é boa ou ruim uma vez que o termo teve um aumento de 1.740% nas buscas do site do dicionário em relação ao ano anterior. Ou seja, estaria acontecendo uma maior conscientização das pessoas ou o resultado das buscas estaria relacionado a um aumento dos casos?
Para quem ainda não sabe, gaslighting, palavra que não possui tradução equivalente em português, é “o ato ou prática de enganar alguém grosseiramente, especialmente para [obter] vantagem pessoal”. Em outras palavras, o gaslighting estaria relacionado a manipulação usando de subterfúgios como o abuso emocional.
Em uma explicação um pouco mais detalhada poderíamos dizer que o gaslighting consiste em:
“Manipulação psicológica de uma pessoa geralmente durante um longo período de tempo que faz com que a vítima questione a validade de seus próprios pensamentos, percepção da realidade ou memórias e normalmente leva à confusão, perda de confiança e autoestima, incerteza de seu emocional ou estabilidade mental, e uma dependência do perpetrador”.
Origem do termo
O termo foi usado pela primeira vez em referência ao filme norte-americano “Gaslight”, de 1944. O suspense, traduzido como “À meia luz” no Brasil, mostra o relacionamento abusivo de um casal, em que o marido manipula a esposa e a trata como louca.
“Nesta era de desinformação – de fake news, teorias da conspiração, trolls do Twitter e deepfakes – gaslighting surgiu como uma palavra para o nosso tempo”, diz a publicação do dicionário.
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Com informações de G1
Imagens: cenas do filme “À meia luz”