Um caso inusitado envolvendo duas irmãs gêmeas tem ganhado destaque nas redes sociais, especialmente no TikTok, onde um vídeo recente alcançou mais de 9 milhões de visualizações. Libby e Zabrina, as protagonistas dessa história, revelaram em um vídeo no dia 7 de agosto que, apesar de serem gêmeas, possuem pais diferentes. Esse fenômeno, conhecido como superfecundação heteroparental, ocorre quando dois óvulos são fecundados por espermatozoides de homens distintos durante o mesmo ciclo menstrual.
O contraste entre as irmãs é evidente: enquanto Libby tem ascendência asiática, com cabelos e olhos castanhos, Zabrina é branca, loira e de olhos azuis. Essa diferença, que sempre chamou a atenção, agora tem uma explicação que deixou muitos internautas perplexos. A mãe das jovens teve um relacionamento com o pai de Libby e, em seguida, envolveu-se com o pai de Zabrina, resultando na concepção das duas irmãs.
Após o nascimento, a mãe perdeu a custódia das filhas, que foram criadas por seus respectivos pais como primas, mantendo contato regular entre si. As meninas só descobriram a verdade sobre sua origem quando completaram 11 anos. “Imagine que você tinha uma prima e depois descobriu que eram gêmeas!”, comentou Libby no vídeo.
Nos comentários do vídeo, diversas pessoas expressaram sua surpresa com o caso. “Isso é insano, sempre me perguntei se isso poderia acontecer”, escreveu um usuário. Outra pessoa, mãe de gêmeos, comentou: “Como mãe de gêmeos, eu não sabia que isso poderia acontecer”. Uma terceira ainda afirmou: “Isso é tão legal”.
Gravidez de gêmeos com pais diferentes: mito ou realidade?
Embora raro, casos de superfecundação heteroparental são possíveis na vida real. Sérgio Podgaec, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que a superfetação, a ocorrência de uma segunda concepção em uma mulher já grávida, pode acontecer, ainda que seja extremamente incomum. “É tão rara que não há um número exato para quantificar a frequência desse fenômeno. Nunca vi um caso desses em consultório e nunca ouvi falar de colegas que tenham visto, mas ainda é uma possibilidade”, explica o especialista.
O diagnóstico dessa condição poderia ser feito por meio de ultrassonografia, ao se detectar uma diferença significativa no desenvolvimento dos embriões. Embora pareça um cenário saído de um conto folclórico, a ciência confirma que essa possibilidade existe, inclusive com a participação de pais diferentes.