Você conhece uma pessoa e ela se torna chata na convivência. Isso vale para qualquer pessoa que tenha a capacidade de abusar da nossa paciência. Uma das maneiras de fazer isso é querer esgotar um assunto até o final. O escritor e semiólogo italiano Umberto Eco tem um livro clássico, chamado Uma obra aberta. O que ele quer dizer com o título? Que todo texto, toda literatura, toda conversa é uma obra aberta. Ela não se conclui, pois tem a possibilidade de apresentar outras janelas e outras portas.
Tem gente, no entanto, que tem um hábito inconveniente: não é capaz de mudar de assunto ou de variar na hora do lazer, da brincadeira, da convivência boa. Quer ir até o fim em relação a qualquer tema. O escritor irlandês Oscal Wilde dizia que sempre que alguém quer esgotar um assunto, esgota também a paciência do leitor.
Quem escreve ou debate precisa ser capaz de deixar perguntas e não apenas respostas. E, mais do que tudo, não insistir em algo que levaria a um fechamento, a uma conclusão, ao esgotamento. Aquilo se torna chato porque fica monótono e a monotonia nos perturba.
Uma das fontes da monotonia é tentar fechar uma conclusão como se ela fosse definitiva. É inconveniente.
Mario Sérgio Cortella no livro Pensar bem nos faz bem-vol2
CONTEÚDO RETIRADO DE CONTIOUTRA
Um homem foi arremessado de um carro em movimento após se recusar a sair do…
A jornalista inglesa Emma Flint conta que só descobriu o termo abrossexualidade aos 30 anos,…
Uma recente declaração de um padre sobre o uso de biquínis gerou um acalorado debate…
Saiba como traumas vividos na infância podem influenciar a vida adulta e como é possível…
Esta jóia do cinema disponível na Netflix envolve o espectador em uma trama de desejo…
Um filme ambicioso e bem realizado que fascina pelo espetáculo visual e pelas perguntas filosóficas…