Um dia depois que o Gabinete do Procurador do Estado de Hillsborough (EUA) anunciou que novas evidências exoneraram Robert Duboise da culpa por um cripe na cidade de Tampa em 1983, o homem atravessou os portões de arame farpado da Hardee Correctional Institution para embarcar em sua nova vida pós-prisão.
Sua mãe e irmã estavam lá para cumprimentá-lo, além de um dos advogados que trabalharam para garantir sua libertação. “É uma sensação de alívio esmagadora”, disse Duboise a repórteres, de acordo com o Tampa Bay Times.
“Não tenho espaço na minha vida para a amargura. Se você mantém o ódio e a amargura em seu coração, isso simplesmente rouba de você a alegria de todo o resto”, acrescentou. Quando Duboise foi questionado sobre qual a primeira coisa que ele queria fazer, ele respondeu que já tinha feito: abraçar sua mãe.
Um juiz abriu caminho na manhã de quinta-feira para que Duboise saísse da prisão estadual. Depois de ouvir de um promotor estadual assistente e de um advogado do Innocence Project, o juiz do circuito de Hillsborough, Christopher Nash, disse que não parecia haver qualquer base factual ou legal para apoiar a condenação de Duboise.
O juiz alterou a sentença de prisão perpétua de Duboise para o tempo já cumprido.
Duboise, 55, estava encarcerado desde 1983. Ele foi condenado pelo crime de tirar a vida de Barbara Grams, de 19 anos. A jovem voltava do trabalho para casa em um restaurante em um shopping de Tampa, quando teve a vida interrompida.
O caso se baseou fortemente em evidências de marcas de mordidas, que agora não são consideradas confiáveis, e no testemunho de um informante na prisão, o que é um fator comum em muitos casos de condenação injusta.
Acredita-se que todas as evidências tenham sido destruídas em 1990. Mas Teresa Hall, a advogada responsável pela unidade, descobriu que amostras antigas de DNA estavam armazenadas no escritório do legista do condado de Hillsborough. Testes recentes dessas amostras revelaram que não eram compatíveis com Duboise.
Antes desses últimos esforços pela sua libertação, Duboise disse que havia havia esgotado seus próprios esforços para apelar de seu caso. Sua única esperança era a liberdade condicional. Mas em uma recente entrevista de liberdade condicional, ele foi questionado sobre remorso.
No início deste mês, seu advogado lhe falou sobre as novas amostras de DNA. Ele disse a ele que alguém iria visitá-lo para tirar uma amostra de seu DNA. Dias depois, ele deu a notícia: “Você vai ser solto”.
Duboise não sabe como será o futuro, mas na prisão ele aprendeu habilidades de negócios, como consertar ar-condicionado e encanamentos.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de UPSOCL.
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