Idosa que sobreviveu à gripe espanhola costura máscaras para ajudar os necessitados

A idosa Josephina Marquezano Hamuch, tem 103 anos de idade e muita história para contar. Filha de italianos, ela venceu a gripe espanhola com apenas um ano de idade. Hoje, vê semelhanças entre a pandemia de 1918 e a de 2020.

“Parece a mesma coisa, muitos falecimentos, as pessoas sem muita orientação. Quando eu fiquei mal, com um ano de idade, falaram para meus pais que eu não iria sobreviver. Mas estou aqui agora”, conta Josephina, que é conhecida como Dona Pina entre os mais íntimos.

Dona Pina, que é natural de São Paulo, superou a gripe em 1918 e, anos depois, se mudou para Santos com os cinco filhos. Hoje, aos 103 anos, ela se orgulha em dizer que não precisa tomar nenhum medicamento.

Em meio à pandemia do novo coronavírus, que a impediu de sair de casa, Dona Pina decidiu não cruzar os braços diante da situação difícil. Ela teve a ideia de confeccionar máscaras para doação. A idosa relata que o filho comentou sobre a forma de prevenção, e ela decidiu começar.

“Sou costureira desde sempre e é fácil. Em dois dias, fiz várias, algumas até foram para doação”, comenta.

Dona Pina montou a mesa de costura em casa e utiliza uma de suas máscaras na hora da confecção. Ela relata que é cuidadosa no dia a dia, sem sair de casa. As doações foram uma forma de ajudar abrigos e outras pessoas que precisam ter cuidados neste período. Apesar de difícil, ela comemora a boa saúde e é otimista com a situação.

“Não tenho diabetes, não tenho colesterol alto, não tomo remédios e como coisas saudáveis. Se uma doença passou [a gripre espanhola] porque essa [Covid-19] não iria passar? Faço muita oração para que isso acabe logo”, diz otimista Dona Pina.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de G1.
Fotos: Arquivo pessoal.






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