Influenciador suspeito de desviar doações feitas a filha com paralisia é preso em Goiás

Na manhã da última sexta-feira (2), a Polícia Civil de Goiás prendeu o influenciador digital Igor Viana, de 24 anos, sob a suspeita de cometer diversos crimes contra sua filha de dois anos, que possui paralisia cerebral. Igor e a mãe da criança são investigados por estelionato, desvio de proventos de pessoa deficiente, discriminação de pessoa com deficiência, constrangimento de criança e maus-tratos.

A investigação, que começou em junho, revelou que o casal solicitava doações nas redes sociais para o tratamento da filha, mas desviava o dinheiro para uso próprio. A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva dos pais após constatar que ambos estavam dificultando as investigações. Embora o pedido contra a mãe tenha sido indeferido, a Justiça aceitou a prisão de Igor, que foi detido em um apartamento alugado via plataforma online em Goiânia.

Igor foi levado para a Unidade Prisional de Anápolis, onde permanecerá à disposição da Justiça. A polícia deve concluir o inquérito nos próximos dias. A menina está sob os cuidados da avó paterna.

Histórico do Caso

O comportamento de Igor Viana já havia levantado suspeitas em junho deste ano, quando a conselheira tutelar Grazielle Ramos relatou que o influenciador zombou dos policiais militares e imitou de forma jocosa os movimentos da filha durante uma visita à casa da família em Anápolis. O Conselho Tutelar e a polícia passaram a investigar possíveis maus-tratos e estelionato, após denúncias de que o casal desviava as doações destinadas ao tratamento da criança.

Segundo Grazielle, Igor fez piadas sobre a condição da filha na sua presença, demonstrando um comportamento desrespeitoso e debochado. “Ele chegou até a imitar a criança com deficiência, ele falava o tempo inteiro que eu fiz foi um favor para ele, porque agora sim, ele vai ficar famoso e sempre com muito deboche”, relatou a conselheira.

A prisão de Igor Viana destaca a importância de vigilância e denúncia em casos de maus-tratos e exploração de pessoas vulneráveis, especialmente crianças com deficiência. A conclusão do inquérito e os desdobramentos do caso serão acompanhados de perto pelas autoridades e pela sociedade.






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