Influenciadora é acusada de envenenar bebê para ganhar seguidores e arrecadar dinheiro

Uma influencer australiana foi presa sob a acusação de envenenar uma criança de um ano e filmar a vítima em estado de sofrimento para obter doações financeiras e seguidores nas redes sociais. A investigação foi conduzida pela Unidade de Proteção e Investigação Infantil de Morningside (CPIU), em Queensland, Austrália.

De acordo com as autoridades, a mulher, cujo nome não foi divulgado, arrecadou quase 60 mil euros (aproximadamente R$ 374 mil) na plataforma de financiamento coletivo GoFundMe. Ela enfrenta acusações graves, incluindo cinco por administração de veneno com intenção de causar dano, três por preparação para cometer crimes com substâncias perigosas, além de tortura, exploração de material infantil e fraude.

Segundo a CPIU, a suspeita teria administrado à criança diversos medicamentos prescritos sem autorização médica entre agosto e outubro de 2024. Ela ainda teria utilizado medicamentos antigos, originalmente prescritos para outra pessoa, que estavam armazenados em sua residência. A ação foi descoberta após médicos identificarem sequelas graves na criança, que precisou ser internada.

Os investigadores afirmam que a mulher gravou e publicou vídeos nos quais a criança aparece em “grande angústia e dor”. As imagens teriam como objetivo sensibilizar o público e incentivar doações. A suspeita descreveu a vítima como uma “conhecida”, sem confirmar se era sua filha.

“Delitos dessa natureza são abomináveis. Estamos comprometidos em proteger as crianças de danos e responsabilizar os infratores”, declarou o inspetor-detetive Paul Dalton, da CPIU.

A influenciadora foi detida em sua residência em Underwood, onde a operação policial ocorreu nesta quinta-feira. As investigações continuam, e as autoridades pedem que qualquer pessoa com informações adicionais sobre o caso entre em contato.

A prática de exploração infantil em plataformas digitais tem sido alvo crescente de preocupação mundial. Especialistas alertam para a necessidade de maior vigilância sobre conteúdo publicado online, especialmente envolvendo menores de idade.






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