Do céu ao inferno, de grande euforia à raiva intensa. Tudo em questão de minutos. A instabilidade emocional não é uma frescura, ela existe e atinge homens e mulheres em todo o mundo. Os sintomas mencionados acima são características marcantes do borderline, uma condição mental que faz com que uma pessoa possa sentir dificuldade em se autocompreender, além de ser um verdadeiro desafio de convivência para quem está ao redor.
Enquadrado dentro dos transtorno de personalidade, o quadro borderline afeta diretamente a forma de pensar e agir de um indivíduo e, por consequência, seu comportamento, o que resulta em situações repentinas, como mudanças de humor abruptas, impulsividade, dificuldades em se fazer compreender com a comunicação alterada e em manter relacionamentos saudáveis. Essa última característica, por sua vez, também gera medo do abandono, de ficar sozinho e sensação constante de um vazio que nunca é completamente preenchido.
As pesquisas e a literatura médica ainda não conseguiram compreender como uma pessoa se torna portadora dessa síndrome. Mas, o que já se sabe é que alguns atributos sempre aparecem em pessoas com borderline, como histórico familiar de transtornos mentais, trauma emocional ou abuso na infância, disfunções neuroquímicas e irregularidade hormonal.
Quem é portador da síndrome, mas ainda não fez essa descoberta, pode se sentir estranho muitas vezes perto de pessoas da própria convivência, além de ser considerado sempre como o mais estressado da turma. Algumas situações que geram ansiedade e estresse naturalmente no organismo, como uma reunião com a chefia na empresa, momentos de lazer que envolvam abuso de substâncias ou até um momento que possa parecer, a olhos leigos, como mais light, como quando a pessoa está em busca de entretenimento, mesmo que virtual, jogando poker online no Brasil, por exemplo, podem desencader momento de desequílibrio.
Ao perceber por si só essas mudanças bruscas de humor, ou caso pessoas próximas mencionem sempre que a oportunidade aparece, a atitude mais certa é procurar ajuda profissional, primeiro para chegar ao diagnóstico correto e, posteriormente, para o tratamento.
A parte clínica é fácil de seguir, e geralmente envolve psicoterapia, técnicas específicas de terapia, relaxamento e autocuidado aliadas à medicação prescrita. Situações graves, como surtos psicóticos, nos quais a pessoa manifesta comportamentos inadequados ou descontrolados, com o risco de lesão ou suicídio, exigem a hospitalização para garantir a assistência total e a segurança do paciente enquanto cuidados intensivos são administrados por profissionais.
As terapias podem ajudar o portador da síndrome a desenvolver habilidades para lidar com emoções intensas, como as que ocorrem durante um jogo ou uma discussão que deveria ser saudável no trabalho, quando cada membro da equipe dá sua opinião em busca de um comum-acordo e bom resultado.
O tratamento adequado e suporte de uma rede de apoio são fundamentais e extremamente benéficos: ajudam a promover uma autoimagem mais estável, manter o autocontrole, tomar decisões mais conscientes e possibilitam a volta para uma vida satisfatória, com a prática do gerenciamento das emoções e sintomas para o bem-estar geral, incluindo as relações interpessoais, ponto que traz um impacto positivo que reflete em várias áreas da vida do paciente.