Você provavelmente já ouviu falar em câncer de mama metástico. Caso seja esse o seu primeiro contato com o termo, a definição do Oncoguia pode te ajudar a entender do que se trata: “Metástase significa a disseminação da doença para outros locais além do sítio primário da doença. As células cancerígenas podem se desprender do tumor primário (tumor localizado na mama) e entrar na corrente sanguínea ou sistema linfático. Através destas vias, podem se implantar em outros órgãos, onde se multiplicam, formando tumores metastáticos.”, informa o site. Estima-se que aproximadamente 30% dos casos de câncer de mama mesmo detectados no início se tornam metastáticos. A doença pode voltar em outras partes do corpo depois de meses ou anos do primeiro diagnóstico.
A boa notícia é que o instituto de câncer Romagna, da Itália, acaba de criar uma molécula que promete bloquear as metástases mamárias. O estudo focou em decifrar a “linguagem” que existe no nível molecular entre as células cancerígenas e o microambiente que as acolhe, o que é cada vez mais considerado um objetivo inovador e prioritário para tentar entender e bloquear os processos de expansão dos tumores.
Os pesquisadores, através da utilização de técnicas de engenharia biomédica, trabalharam na realização em laboratório, in vitro, de uma nova molécula nanotecnológica equipada com um fármaco anticancerígeno e um anticorpo que, ao intervir no microambiente tumoral, poderá permitir o tratamento do tumor estancando seu crescimento.
Essa nova molécula é o resultado da descoberta do papel de uma proteína específica na disseminação do tumor, descoberta graças ao desenvolvimento de um novo modelo tridimensional útil para mimetizar, em laboratório, o que acontece no corpo.
O Dr. Toni Ibrahim, diretor do CdO-Tr-Tc e diretor interino do Centro de Imunoterapia, Terapia de Células Somáticas e Recursos Biológicos disse:
“Estamos confiantes de que este novo produto nanotecnológico trará benefícios terapêuticos concretos no futuro. O objetivo que hoje nos propomos é verificar a capacidade farmacológica e os resultados obtidos na fase pré-clínica também no paciente, de forma a traduzi-lo, o mais rapidamente possível, na via de tratamento”.
Testes laboratoriais têm demonstrado o potencial deste novo anticorpo, mas também que, para desempenhar uma verdadeira atividade farmacológica, deve ser utilizado em altas concentrações, com possíveis efeitos indesejáveis para os pacientes.
Por esse motivo, o estudo continuou tentando usar o antibiótico em baixa concentração de forma a implementar a atividade inibidora da proteína e explorá-la como veículo para o uso de um antineoplásico já utilizado na clínica, com certeza .
Em laboratório, esse nanossistema mostrou funcionar também permitindo a diminuição da dosagem do antineoplásico.
Partimos deste excelente resultado para iniciar um processo que visa confirmar a capacidade deste nanossistema para exercer a sua atividade farmacológica também na clínica em pacientes.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Positizie.it
Fotos: irst.emr.it
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