A atriz Juliana Baroni, de 45 anos, iniciou sua carreira na TV como paquita do ‘Xou da Xuxa’, em 1990, aos 11 anos de idade. Em uma entrevista concedida ao site NaTelinha ela falou sobre a experiência no ´rograma infantil mais popular dos anos 1990 e rebateu um comentário feito por Marlene Mattos no documentário sobre Xuxa.
No comentário em questão, Marlene minimiza supostos excessos cometidos contra as paquitas e diz que “Elas vivem até hoje de ser paquitas. Se elas não fossem paquitas, ninguém nem saberia que elas existiam”.
Juliana Barini, que deixou o posto de paquita em 1995, foi enfática sobre a fala da ex-diretora. “Tenho muito orgulho de ter sido paquita. Ter sido escolhida mudou a minha vida, e até hoje eu recebo muito carinho por conta disso. Mas a minha biografia não se resume a isso, apesar de ser uma uma parte importante dela”, afirmou a atriz.
“A Marlene respondeu ali [no documentário] de uma maneira muito reativa, que era uma característica muito forte dela. Mas o que ela disse não se aplica a mim nem a várias outras que viveram o ápice de suas vidas e de suas carreira depois desse período como paquitas”, continuou.
A atriz ainda citou as colegas d eprofissão Letícia Spiller e Bianca Rinaldi, a diretora Ana Paula Guimarães e ainda Priscilla Couto, que virou advogada. “Também tenho uma carreira sólida. Sempre trabalhei muito e vou continuar trabalhando. Minha meta é ser uma Laura Cardoso, que tem 96 anos e trabalha até hoje.”.
Juliana lembrou que foi a própria Marlene quem a escolheu para ser paquita em 1990. “A palavra final era dela em tudo. Todas nós tínhamos uma relação com a Marlene de muita obediência. Era ela quem fazia tudo aquilo acontecer. Ela ensinava tudo sobre disciplina e sobre como a TV funcionava.”
A atriz não se privou de comentar as polêmicas do documentário, especialmente em relação ao comportamento da ex-diretora, apontado como abusivo pela própria Xuxa. “É totalmente natural [a repercussão]. Mesmo quem viveu aquela história hoje tem uma leitura diferente das coisas.”
Ela recorda: “Cheguei no Rio aos 11 anos, vindo de Limeira [cidade do interior de São Paulo], e vi uma engrenagem já estabelecida. Ou eu me adaptava àquela engrenagem ou havia milhares de outras meninas que queriam estar ali ocupando aquele lugar. Então, eu não tinha muito senso crítico”.
“Algumas coisas eram permitidas e hoje não seriam nem pela empresa [a Globo], nem pela sociedade, nem pelos nossos pais. Naquela época, a gente achava que era daquele jeito mesmo que as coisas funcionavam, e funcionavam muito bem. Mas é claro que tinham alguns excessos, sim, tanto no tratamento com a gente como com a Xuxa.”
Juliana concorreu com 1.200 meninas e, por cinco anos, teve suas primeiras experiências como atriz, cantora e dançarina nos projetos com a Rainha dos Baixinhos. “Se você perguntar para qualquer ex-paquita, vai ouvir que aquela foi a melhor escola que a gente poderia ter.”
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações do Na Telinha.
Fotos: Reprodução.
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