Kristen Stewart considera este filme de suspense disponível na Netflix um de seus melhores trabalhos

O filme Personal Shopper (2016), dirigido por Olivier Assayas e estrelado por Kristen Stewart, é uma obra que desafia categorizações simples. Misturando elementos de drama psicológico, thriller sobrenatural e um estudo sobre o luto, a narrativa se desenrola em uma Paris sombria e introspectiva.

Kristen Stewart interpreta Maureen, uma jovem americana que trabalha como personal shopper para uma celebridade rica e distante. Ao mesmo tempo, ela está lidando com a recente morte de seu irmão gêmeo, Lewis, com quem compartilha um pacto espiritual: o primeiro a morrer enviaria um sinal do além. A partir daí, o filme mergulha em uma exploração das complexas emoções de Maureen, entrelaçando sua jornada de autodescoberta com eventos sobrenaturais enigmáticos.

Stewart entrega uma performance minimalista e introspectiva, capturando as nuances da solidão e da vulnerabilidade de sua personagem. O roteiro evita explicações fáceis e deixa muitas perguntas sem resposta, o que pode frustrar alguns espectadores, mas é exatamente essa ambiguidade que torna Personal Shopper uma experiência tão única.

A cinematografia, assinada por Yorick Le Saux, destaca o contraste entre os ambientes luxuosos em que Maureen trabalha e os espaços vazios e opressivos que refletem sua angústia interior. A trilha sonora sutil contribui para a atmosfera inquietante, enquanto Assayas mantém um ritmo deliberado que exige paciência, mas recompensa com camadas de significados ocultos.

Além de explorar temas de perda e espiritualidade, o filme aborda questões contemporâneas, como a alienação na era digital. As mensagens de texto enigmáticas que Maureen começa a receber tornam-se uma metáfora para a desconexão entre o físico e o emocional, entre o que é real e o que é imaginado.

Personal Shopper não é um filme convencional e certamente não agrada a todos. Porém, para aqueles dispostos a embarcar em sua narrativa sutil e ambígua, ele oferece uma reflexão profunda sobre a natureza do luto e o desejo de conexão, seja com os vivos ou com os mortos. É uma experiência cinematográfica que continua a intrigar e ressoar muito depois que os créditos sobem.

 






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