Lentes de contato podem monitorar níveis de glicose em diabéticos com um piscar de olhos

Uma inovadora lente de contato inteligente está sendo desenvolvida para permitir que os diabéticos monitorem os níveis de glicose através de líquidos nos olhos.

A invenção, que é operada sem fio e remotamente, significa que os níveis de glicose podem em breve ser monitorados em um piscar de olhos – e até ser tratados com medicamentos dispensados ​​diretamente na membrana.

Os cientistas dizem que a nova tecnologia representa o primeiro uso potencial de lentes de contato para monitorar e tratar os sintomas da diabetes com um dispensador de medicamentos de controle remoto.

Isso ocorre após as tentativas fracassadas do Google de desenvolver a lente de contato do Google para diagnosticar pacientes diabéticos, que foi descontinuada em 2018.

Os pesquisadores dizem que as lentes podem fornecer uma alternativa aos exames de sangue invasivos para diabéticos, enquanto simultaneamente abrem caminho para o tratamento sob demanda de certas doenças oculares.

O dispositivo usa tecnologia de chip para monitorar os níveis de açúcar através dos vasos sanguíneos atrás das pálpebras e avisar o usuário sobre possíveis emergências de saúde. Também poderia dispensar remédios pelo olho para tratar a retinopatia diabética, uma condição relacionada ao diabetes causada por danos aos vasos sanguíneos oculares.

Quando testadas em coelhos, a lente oferecia monitoramento não invasivo da glicose e administração controlada de medicamentos para a doença.

“Desenvolvemos lentes de contato inteligentes para monitoramento contínuo da glicose e tratamento da retinopatia diabética”, disse o autor do estudo, Dr. Do Hee Keum, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pohang, na Coréia do Sul. “Nossa lente de contato inteligente tem uma função exclusiva de administração ocular de medicamentos.

“Os resultados clínicos decepcionantes podem estar associados aos desafios de obter leituras confiáveis ​​de glicose no sangue no complexo ambiente ocular”, disse o Dr. Keum. “Acreditamos que, com calibração e monitoramento de linha de base adequados, as alterações nas concentrações de glicose podem ser medidas de maneira confiável para cada paciente usando a lente de contato inteligente”.

A equipe diz que foram inspirados a desenvolver as lentes ao descobrir que a superfície da córnea oferece uma janela conveniente para monitorar as mudanças fisiológicas em todo o corpo.

“A superfície da córnea apresenta uma interface conveniente e não invasiva para as condições fisiológicas no corpo humano”, disse o Dr. Keum. “Os olhos estão diretamente conectados ao cérebro, fígado, coração, pulmão e rim e podem servir como uma janela para o corpo.”

Como os pesquisadores queriam projetar um modelo que pudesse desempenhar essa função e distribuir medicamentos pelo olho, eles desenvolveram uma lente de contato inteligente que inclui um biossensor eletroquímico em tempo real, um sistema flexível de entrega de medicamentos sob demanda, um sistema de transferência de energia sem fio, e um sistema de comunicação remota por radiofrequência.

No estudo, eles inseriram lentes nos olhos de coelhos diabéticos vivos e injetaram duas unidades de insulina 15 minutos depois para diminuir os níveis de glicose no sangue dos coelhos.

Eles monitoraram as alterações e repetiram o teste após as lentes serem usadas por 63 dias para demonstrar sua capacidade de permanecer estável ao longo do tempo. Em seguida, os pesquisadores usaram as lentes para liberar remotamente a genisteína – uma droga usada para tratar o diabetes – nos olhos dos coelhos.

Medindo a concentração na córnea uma hora depois, eles descobriram que a lente liberava a droga tão efetivamente quanto uma injeção ocular.

Keum e sua equipe também usaram uma câmera térmica infravermelha para testar o design quanto à segurança e encontraram pouca variação na temperatura das lentes.

No entanto, os cientistas afirmam que o prpjeto ainda requer novas pesquisas e novos testes.

***
Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Good News Network.
Crédito da foto: איתן טל