Letícia Colin abre o jogo sobre sua luta contra a depressão: “Eternamente uma vigilância”
Letícia Colin para a Marie Claire. Foto: Henrique Falci

Em entrevista à revista Marie Claire, a atriz Letícia Colin revelou que luta contra a depressão desde 2013, quando teve seu primeiro episódio de melancolia. Desde então, ela aprendeu a controlar a doença com ajuda de familiares e médicos, fazendo uso de medicamentos e sessões de terapia.

Segundo Letícia, uma das últimas vezes que sentiu a depressão se alastrar foi no pós-parto do filho Uri, há três anos.

“Faz tempo que ela não aparece. Entendo hoje que, no primeiro ano da maternidade, eu estava deprimida. Tive uma depressão pós-parto. Mas estou num momento melhor, controlado.”, contou.

A atriz também confessou que, apesar manter a doença sob controle, alguns momentos ainda são difíceis.

“Alguns momentos me sinto muito bem, aí esqueço de cuidar e ela volta. Tenho uma melancolia, tristeza. Acho que é eternamente uma vigilância. As pessoas que estão do nosso lado e que gostam da gente também já ficam mais ligadas para evitar cair nesses abismos.

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Foto: Henrique Falci

Letícia ainda falou sobre as recaídas da doença e contou que a personagem Amanda, que ela interpretou na série “Onde Está Meu Coração?”, a ajudou a lidar com a situação.

“Se cair [nos “abismos” citados anteriormente], como tantas vezes eu já caí, sempre tem um médico maravilhoso que pode ajudar, terapia… Aliás, isso foi uma coisa que a Amanda sacramentou para mim. A recaída é parte, ela não é um erro do processo de transformação. E entender que pedir ajuda está tudo bem.

Na série “Onde Está Meu Coração?”, Amanda é uma médica residente dependente química. Questionada sobre a dramaticidade da personagem e do enredo, Letícia surpreende ao revelar que é tão densa quanta a personagem.

“Aparentemente sou leve, expansiva, doce. Mas, na verdade, sou bem densa. E cada vez mais estou entrando em contato com isso. Estou me permitindo conhecer as zonas da floresta, onde tudo fica mais assustador. Tenho ido cada vez mais fundo. De algum lugar também me sinto à vontade em contato com esse nível de tragicidade da vida e desta questão social tão profunda”, explica.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações da revista Marie Claire.






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