Sara Onori, de 22 anos, é mãe do pequeno Arthur de 2 anos. Ela viveu na última semana uma situação bastante dolorosa, mas que, infelizmente, é comum a muitas mães com filhos que precisam de cuidados especiais. Foi através do Whatsapp que ela recebeu a mensagem da mãe de um colega do seu filho, dizendo que não iria convidar Arthur para a festa da criança: “Seu filho é meio problemático”, disse a mulher.
A mãe da criança ainda diz na mensagem que a negativa do convite é porque “as outras crianças vão ficar incomodadas”. A mulher finaliza dizendo “Espero que você me entenda”.
Sara conta que estava em um grupo de mensagens com outras mães e em dado momento percebeu que elas falavam de uma festa. Ao perguntar que festa seria, recebeu a mensagem da mulher e ficou tão chocada que nem sequer respondeu: “Ela era minha amiga e tenho certeza que sabia da condição do Arthur, fiquei tão triste com a mensagem que estou até agora sem ação”, desabafou.
A família do menino mora em Campo Grande (MS). Os pais receberam o diagnóstico há pouco mais de 3 meses, após consulta com um neurologista. “Notei que ele levou mais tempo que as outras crianças para andar e falar”.
“O Arthur também tem fixação com movimentos repetitivos, então ele gosta de acender e apagar a luz, observar o ventilador, ver o movimento das rodas. Ele não é ‘problemático’, é sensível e só precisa de um pouco de paciência das pessoas ao redor para se encaixar.”
Sara conta que as mães que estavam no grupo são pessoas próximas e acompanham sua busca por entender o autismo desde as primeiras suspeitas com Arthur, incluindo a mãe que enviou a mensagem. “Depois do que aconteceu eu fui lembrando das coisas e percebi que ela nunca me deu apoio, então, acho que já havia um preconceito aí”, lamenta.
Ela compartilhou a foto com a família e o pai do menino. O print da mensagem foi publicado no facebook com um desabafo, o post foi compartilhado mais de 6 mil vezes e recebeu 4.420 mil comentários.
Os pais do menino trabalham fora e para que Arthur sinta o mínimo de desconforto possível, mantém uma rotina bem definida. Toda a família adaptou-se às necessidades do menino e o rodeiam de carinho e cuidado para que se sinta seguro. Apesar da atitude da mãe do garoto, Sara diz que não pretende levar o caso adiante:
“Eu não vou processá-la nem nada. Acho que só a repercussão que teve já é lição suficiente, o importante é que ela entenda o quanto sua atitude foi egoísta e melhore como pessoa.”
Os pais de Arthur têm um perfil no Instagram onde compartilham informações sobre autismo. Sara afirma que gostaria que a dor que sentiu com o comentário da mulher sirva para sensibilizar outros pais de modo que entendam a necessidade de conversar com os filhos sobre inclusão:
“A gente pensa que isso só acontece com os outros, mas o preconceito é algo ainda muito forte para as pessoas diante do que não é considerado ‘normal’ para elas. Autismo é um transtorno e não vou deixar isso atingir meu filho, ele é um menino como qualquer outro que vai brincar, se divertir e fazer amigos que o respeitem como ele é”, finaliza.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de G1.
Foto destacada: Sara Onori/Arquivo pessoal.
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