Jane Alves de Souza, mãe da psicóloga Bruna Nunes de Faria, exibiu a última foto que tirou da filha momentos antes de a jovem falecer após passar mal ao receber contraste para um exame de ressonância magnética numa clínica de Goiânia, na quarta-feira (21).
“Vi minha filha morrer. Ela ficou com o corpo roxo. A última coisa que ela falou foi: “Estou sem ar”. E não falou mais nada”, contou Jane Alves, contou a professora de Educação Física ao g1.
A jovem, que tinha 27 anos, sofreu dois AVCs (Acidente Vascular Cerebral) há 45 dias e se submeteu a uma bateria de exames para descobrir a causa. Se consultou com cinco neurologistas e três cardiologistas. Segundo a mãe da psicóloga, a ressonância magnética do coração, em que Bruna passou mal, era o último exame que a filha tinha que fazer.
De acordo com a mãe, há suspeita de que Bruna tenha sofrido um choque anafilático, uma reação alérgica grave, durante o procedimento.
O óbito foi registrado na Polícia Civil para ser investigada, de acordo com o delegado Leonardo Sanches. A causa da morte será identificada por autópsia feita no Instituto Médico Legal (IML).
“Ela era maravilhosa, alegre, divertida. Tinha o sorriso encantador. Cheia de sonhos e projetos, amava a profissão que escolheu. Minha filha era muito vaidosa, gostava de ir a festas com amigos, gostava de viver o hoje como se fosse o último dia”, desabafou a mãe.
Bruna se submeteu ao exame no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) Unidade II, localizada na Avenida Portugal, no Setor Marista, em Goiânia. Através de uma nota divulgada na sexta-feira (23), a defesa explicou que há dois grupos distintos operando sob o nome CDI. Um sob responsabilidade dos médicos Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado e outro sob a gerência dos médicos Ary Monteiro Daher e Adriana Maria Monteiro. O procedimento que Bruna Faria realizou faz parte dos serviços prestados pela equipe chefiada por Ary e Adriana.
Bruna Faria foi velada e enterrada na quinta-feira (22) em Bonfinópolis, cidade onde nasceu. Ela trabalhava como psicóloga da Prefeitura de Silvânia e integrava a Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad) da Secretaria Municipal de Saúde.
Nas redes sociais, a prefeitura lamentou o falecimento de Bruna e decretou luto oficial no município por três dias, pela memória da servidora.
“É com profundo pesar que o Governo de Silvânia comunica a perda inesperada da nossa servidora. Lamentamos a perda e no solidarizamos com a família neste momento”, diz a nota.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações do G1.
Fotos: Jane Alves/Arquivo pessoal.