Por Giovanna Forcioni para a Revista Crescer
Por quanto tempo seu filho dormiu no mesmo quarto (ou na mesma cama) que você? Um estudo publicado em fevereiro deste ano pela revista Infant and Child Development mostrou que mães que compartilham o quarto com as crianças têm mais chances de se sentirem julgadas e deprimidas.
Para chegar à conclusão, os especialistas da Penn Satate University, nos Estados Unidos, analisaram os sentimentos e os hábitos de sono de 103 mulheres. Depois de acompanhá-las ao longo de um ano, constataram que – após seis meses – as mães que ainda dormiam no mesmo quarto ou na mesma cama de seus filhos se sentiam até 76% mais deprimidas e até 16% mais julgadas que aquelas que colocavam as crianças para passar a noite em um outro ambiente.
Apesar dos resultados, o artigo não sugere medidas radicais. Douglas Teti, um dos especialistas responsáveis pela publicação, considera que o objetivo do estudo não é julgar se o hábito é bom ou ruim, mas sim alertar sobre a importância de uma rotina de sono que seja positiva para toda a família. “Se num primeiro momento a mulher se sentir mais segura colocando o berço no seu próprio quarto, não tem problema nenhum. É imprescindível que mãe e bebê construam um vínculo, mas é preciso ter cuidado para que esse vínculo não se torne uma dependência”, disse Ângela Bley, doutora em psicologia clínica e chefe do serviço de psicologia do Hospital Pequeno Príncipe (PR).
No caso das crianças que dormem na mesma cama dos pais, a atenção precisa ser ainda maior, já que esse hábito pode causar acidentes, atrapalhar o sono dos adultos e ainda prejudicar o relacionamento a dois.
Vale lembrar que há profissionais que vão por outro caminho e defendem a cama compartilhada. Estudos anteriores já mostraram que mães que dormem com seus bebês conseguem manter a amamentação por um período maior.
“Os estudos mais recentes provam que o risco só é significante em situações específicas. Ou seja, as pessoas têm direito de se organizar para dormir como acharem apropriado, sem ter de sucumbir a normas absurdas”, diz o pediatra espanhol Carlos González.
Ângela Bley também reforça que, antes pensar em formas de solucionar a questão, é preciso considerar a realidade social de cada família. No caso daquelas que não podem oferecer um quarto separado apenas para o bebê, por exemplo, existem outras maneiras de evitar que essa situação leve a problemas de autoestima. Segundo Àngela, o importante é que nesses casos tanto a mãe quanto a criança construam sua autonomia: “É como cortar o cordão umbilical: o bebê não deve ser superprotegido e a mulher precisa ter momentos do dia para se cuidar e aproveitar a própria companhia”.
Imagem de capa: Shutterstock, Por noBorders – Brayden Howie
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