A jornalista e apresentadora Maria Cândida vive aos 51 anos uma nova fase de sua carreira. Ela hoje atua também como influenciadora nas redes sociais, atingindo um público composto majoritariamente por mulheres maduras, assim como ela. Em entrevista à Quem, ela contou que a criação de conteúdo sobre envelhecimento se torenou a sua maior fonte de renda.
“Hoje, eu vivo da internet. Minha maior entrada de dinheiro é da internet. Faço muita publicidade e represento muito, porque tem muitos produtos de skincare, várias coisas que mudam, como o lábio mais seco, batom tem que hidratar mais, cabelos tem que ter mais cuidado. Tem um monte de produtos para a nossa geração”, explicou.
Maria Cândida vem assumindo os seus fios brancos há cerca de três anos. Ela explicou que a decisão vai muito além de apenas abandonar a tintura. “Acho que é muito mais a ação do que o discurso. Eu estar envelhecendo, falar minha idade, lutar contra o etarismo, me colocar pra jogo em coisas que as pessoas pensam que só jovem consegue fazer é botar um pouco a lente para essa fase da vida”, afirmou à Quem.
Segundo ela, assumir os cabelos grisalhos trouxe também uma mudança de comportamento. “É um processo muito interior meu de me ver envelhecer. Eu não quero parecer ter 30 anos, quero parecer uma mulher de 51 anos, bem cuidada, linda, com maturidade, saudável. E o cabelo branco ajuda nessa percepção. Não fico com cara de muito mais nova”, afirmou. “Quero mostrar para as mulheres que tudo bem ter e que, se não quiser, não precisa ter. Mas que tem alguém na televisão de cabelo branco, apresentando todos os dados de uma mulher envelhecendo”, acrescentou.
A apresentadora disse ainda que exibir a aparência natural dos seus cabelos fez com que ela vivenciasse situações de preconceito na vida amorosa, o que faz Maria acreditar na dificuldade das mulheres em assumirem seus fios brancos. “Estou nessa transição há uns três anos. Elas [mulheres maduras] se sentem invisíveis. Sexualmente, não é um atrativo para um homem, porque é velha e não é fértil. E a gente vai muito ainda na esteira do que o homem acha, gosta. Então, muitas não deixam [o cabelo branco] porque os homens acham que elas são velhas ou ela se sente velhas”, refletiu.
“Mas, para mim, é um processo diferente, porque eu quero entender essa mudança em mim. Na baladinha, eu vejo que os caras não olham. Se eu estivesse de cabelo pintado, eles olhariam e, provavelmente, eu iria mentir a idade, como eu já menti, para a conquista. Hoje, eu busco a qualidade e não mentir para mim”, concluiu.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações da revista Quem.
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