Médica do Samu colocava garrafa de água em cima de teclado para fingir que estava trabalhando

Uma médica que trabalhava na Central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Porto Alegre foi flagrada em uma atitude surpreendente para evitar que seu computador fosse desconectado automaticamente. A profissional colocava uma garrafa de água sobre o teclado, mantendo as teclas pressionadas, de forma a simular atividade no sistema.

Essa tática permitia que o computador permanecesse ligado, fazendo com que os gestores acreditassem que alguém estava ativamente utilizando a máquina. O coordenador do SAMU, Jimmy Herrera, explicou em uma entrevista ao portal G1 que “ela deixou uma garrafa em cima do teclado, justamente para que ficasse emitindo um número ou uma letra dentro da tela”. Dessa forma, o sistema não era desativado, dando a impressão de que alguém estava operando.

Herrera também esclareceu que “a tela é desconectada do sistema após 10 minutos sem uso, e isso fica registrado”. Portanto, médicos que se ausentam por um longo período precisam fornecer justificativas. O coordenador do SAMU acusou a direção de não tomar medidas adequadas em relação a essa situação.

Além disso, foi revelado que um médico chegou a apresentar 12 atestados médicos falsos para cumprir um horário menor do que o contratado. Quando Herrera tomou conhecimento dessa falsificação, reuniu evidências e informou seus superiores. Ele também denunciou o caso ao diretor do Departamento de Regulação do Rio Grande do Sul, resultando na abertura de um processo administrativo. A médica envolvida pediu exoneração.

Há suspeitas de que a chefia da Central do SAMU estava abonando faltas de forma irregular, alegando problemas na marcação do ponto. A Central de Regulação do SAMU atende chamados de 493 municípios do Rio Grande do Sul por meio do telefone 192, sendo que em 269 deles, os médicos também são responsáveis por coordenar o envio de ambulâncias e escolher os hospitais para onde os pacientes serão encaminhados.

Em resposta aos acontecimentos, a Secretária Estadual da Saúde, Arita Bergmann, gravou um vídeo pedindo desculpas. A pasta iniciou uma sindicância para investigar o caso, com prazo de 30 dias para conclusão. Também está prevista a instalação de um sistema de câmeras e catracas para monitorar a entrada e saída de pessoal nas instalações.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações da Revista Oeste.






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