O Dr. Michael Narvey, pediatra do Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil de Manitoba, no Canadá, postou a ultrassonografia e os detalhes em sua conta no TikTok, @nicu_musings. A postagem foi vista mais de 3 milhões de vezes, tem cerca de 350.000 curtidas e quase 20.000 comentários.
Fazia 49 dias desde o último ciclo menstrual da mulher, mas seu fluxo já se estendia por 14 dias. Um ultrassom encontrou o bebê.
“Ela teve uma gravidez ectópica no fígado”, disse Narvey em um vídeo postado nas redes sociais. “Vemos isso às vezes no abdômen, mas nunca no fígado. Essa é a primeira vez para mim.”
Uma gravidez ectópica ocorre quando um óvulo fertilizado se implanta e cresce fora da cavidade principal do útero.
Uma gravidez ectópica ocorre mais frequentemente em uma trompa de Falópio, que carrega os óvulos dos ovários para o útero. Esse tipo de gravidez ectópica é chamada de gravidez tubária. Às vezes, uma gravidez ectópica ocorre em outras áreas do corpo, como um ovário, a cavidade abdominal ou a parte inferior do útero (colo do útero), que se conecta ao órgão reprodutor feminino.
Uma gravidez ectópica não é viável porque o óvulo fertilizado não pode sobreviver, afirma a Clínica Mayo em seu site. Elas podem ser perigosas porque o tecido em crescimento pode causar sangramento colocando a vida da mãe em risco.
Depois que seus seguidores perguntaram, Narvey postou uma explicação de como o óvulo fertilizado consegue se implantar no fígado.
Narvey explicou que quando um espermatozóide fertiliza um óvulo na trompa de Falópio, ele geralmente viaja pela trompa até o útero. Às vezes, porém, o óvulo fertilizado fica preso na trompa. Esta é a forma mais comum de gravidez ectópica.
Menos comum é o óvulo fertilizado fluindo de volta para o ovário, onde se liga a ele; o peritônio, que é o tecido que reveste a parede abdominal e cobre a maioria dos órgãos do abdômen; ou o fígado.
De acordo com o National Center for Biotechnology Information, houve registro de apenas 14 casos de gravidez ectópica no fígado de 1954 a 1999.
Os cirurgiões conseguiram salvar a vida da mulher, mas não a do feto, como informou o The Sun.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de AJC.
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