Atualmente, vivemos uma crise sem precedentes na saúde pública, totalmente agravada pela pandemia do coronavírus. E além das demandas naturais dia a dia, médicos e residentes recém formados têm que aprender a lidar com um novo problema causado pelo isolamento que é o aumento dos casos de doenças mentais na população. Não só devido ao isolamento, mas a perda de entes e amigos queridos e a ameaça constante da morte. Isso tem trazido muitos problemas e que são um desafio para quem inicia nessa área.
Casos de doença mental crescem no pós pandemia
Metade dos jovens experimentou efeitos na saúde mental durante a pandemia de Covid-19, de acordo com um estudo hoje (1. De acordo com o estudo, 39% das pessoas com idades entre 18 e 24 anos disseram que sua saúde mental era ruim durante o período e 11% disseram que estava muito ruim. Na amostra geral, 5% disseram que a saúde mental é muito ruim e 25% disseram que estava ruim, perfazendo um total de 30%.
A pesquisa foi realizada pela Intelligence in Research and Consulting (Ipec) e ouviu 2.000 pessoas na cidade de São Paulo (SP) e nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador.
Como os médicos têm lidado com isso?
Muitos médicos recém formados, se deparam com essa situação pela primeira vez e muitos vêem nos cursos de saúde mental a opção para aumentar seus conhecimentos e terem uma melhor noção de como lidar com esses problemas quando não há psicólogo ou psiquiatra presentes no momento do plantão. Recentemente a própria fiocruz e o Ministério da Saúde lançaram guias de orientação nesses casos
O que diz o ministério e o guia de saúde mental da Fiocruz?
Para os serviços e profissionais de saúde que lidam com questões de saúde mental e saúde mental, o impacto da pandemia representa um desafio triplo. A primeira é prevenir o aumento dos efeitos na saúde mental associados à diminuição do bem-estar psicossocial causado pelos impactos na saúde, sociais e econômicos que afetam toda a população durante a pandemia, com algumas populações experimentando isso de forma ainda mais aguda. A segunda é proteger as pessoas com doenças mentais do COVID-19 e seus efeitos, que podem torná-las mais vulneráveis. A terceira é fornecer aos profissionais de saúde e cuidadores os cuidados necessários para protegê-los também e capacitá-los a proteger e cuidar de outras pessoas (Campion et al. 2020)
Algumas das recomendações são:
• Reconhecer e aceitar os próprios medos e medos, procurando interlocutores de confiança;
• Estratégias e instrumentos de enfermagem que são utilizados em momentos de crise ou sofrimento, e recuperando ações que transmitem um sentimento de maior estabilidade emocional;
• Investir em exercícios e ações que ajudem a reduzir o estresse agudo (meditação, leitura, exercícios respiratórios, entre outros, para localizar o pensamento no momento presente), para estimular a retomada de experiências e habilidades que foram úteis nos momentos difíceis usado no passado para controlar as emoções durante a pandemia;
• No trabalho durante a pandemia, monitore as necessidades básicas; fornecer pausas sistemáticas durante o trabalho (se possível em um local tranquilo e relaxado) e entre os turnos;
• Se for estigmatizado por medo de infecção, entenda a causa como resultado do medo e do estresse da pandemia, não como uma questão pessoal. É aconselhável dialogar com colegas e superiores que possam ter as mesmas dificuldades e procurar soluções comuns;
Considerações Finais
Esperamos que as informações ajudem não só os médicos a terem mais saude mental em seu atendimento, como fazer com que consigam ajudar de forma mais assertiva quem precisa.
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