Medo de baratas, medo de viajar de avião, medo de elevador, de lugares fechados, entre outros, são medos conhecidos por muitos. Existe uma variedade enorme de medos que trazem sofrimento a inúmeras pessoas, e poucos são capazes de admiti-los, principalmente para não se sentirem infantis ou ridículos.
Há vários tipos de medos, aqueles que sabemos porque existem e aqueles que nem imaginamos de onde vêm. Algumas vezes o medo é tão terrível que algumas pessoas simplesmente paralisam como se perdessem as forças para enfrentá-lo. O Congelamento é herança genética, uma saída primitiva e instintiva utilizada por alguns animais que quando estão em perigo se fingem de mortos para escapar à ameaça. Outros reagem ao impulso procurando uma forma rápida de escape e fuga. As reações do organismo respondem a comandos cerebrais e dependem de um conjunto de características pessoais onde se incluem sua forma particular de entendimento do mundo e suas características de personalidade influenciadas pela saúde emocional de cada um.
É comum ouvir frases do tipo “racionalmente eu sei que a barata nada pode fazer contra mim, mas, é algo mais forte que minha razão, o medo toma conta de tal forma que perco o controle, corro, grito e se não tiver como fugir, chego até a desmaiar”… Esses e outros relatos são comuns no consultório quando falamos de medos e fobias.
Os medos podem ser sintomas ou respostas mal adaptadas a situações traumáticas e de estresse. Uma situação potencialmente traumática mal resolvida pode evoluir para um medo ou uma fobia.
Uma proposta de tratamento para os medos e fobias e para os traumas emocionais é o EMDR – Eye Movement Desensitization and Reprocessing – Movimentos Oculares Dessensibilização e Reprocessamento. Trata-se de uma metodologia de psicoterapia breve e focal, que tem se destacado por apresentar resultados eficazes em tempo mais curto que o habitual. Busca através dos movimentos bilaterais ativar o sistema de processamento de informação, permitindo que aquela memória traumática possa ser acessada e elaborada.
Este método foi criado nos anos 80 pela Dra. Francine Shapiro, psicóloga americana, Ph. D., e é especialmente empregado no tratamento de transtorno de estresse traumático e pós-traumático, quadros de ansiedade, depressão, fobias, síndrome do pânico, instalação de recursos positivos e outros. A Associação Psiquiátrica Americana recomenda o EMDR como um dos principais métodos da atualidade para o tratamento de situações traumáticas. Novas aplicações do método têm se voltado para o tratamento de doenças psicossomáticas.
A hipótese é de que os movimentos bilaterais utilizados no EMDR deflagram um mecanismo fisiológico que ativa o sistema de processamento de informações atingindo a rede de memória que guarda a informação disfuncional, desta forma o trauma pode ser processado e liberado, a memória continua, mas a perturbação não.
O medo é o termômetro humano para a preservação e proteção da própria espécie, portanto o medo deve estar a favor da vida. Quando passamos a evitar a vida por medo , estamos “usando” esse sentimento nocivamente.
Portanto se você tem algo que lhe incomoda, qualquer tipo de medo, não importa se for de bichos, coisas, objetos, ou mesmo de se relacionar não deixe de procurar ajuda, pois certamente você estará trabalhando em prol de sua liberdade, transformando sua vida num caminho mais prazeroso e feliz.
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